sábado, 31 de agosto de 2024

Distinção entre religiões ou religiosos

 


Caríssimos e amadas.


A distinção entre a verdadeira e a falsa religião é um tema que tem ecoado nos círculos religiosos, esotéricos e místicos ao longo dos séculos. Este tema se aprofunda na diferença entre o culto ao deus-demiurgo exterior e o culto ao verdadeiro Deus, o Cristo interior. 


Esta diferenciação, essencial para o entendimento profundo da espiritualidade, revela as bases sobre as quais construímos a nossa relação com o sagrado, com o divino e com o universo.


No esoterismo, o termo "demiurgo" se refere a um ser divino ou força celestial que cria e ordena o mundo material. 


Na tradição gnóstica, o demiurgo é frequentemente visto como uma entidade divina menor que governa o mundo físico, porém distante do verdadeiro Deus ou da divindade suprema. 


O culto ao deus-demiurgo exterior é aquele praticado pela maioria das religiões e pessoas, muitas vezes sem terem a plena consciência de sua natureza ou implicações.


Este culto é marcado por rituais e práticas externas, cultos totalmente voltados para a obtenção de bens materiais, poder, e sucesso mundano. 


Aqueles que seguem este caminho tendem a adorar uma figura ou força divina externa, atribuindo a ela todo o poder, glória e controle sobre suas vidas. 


Essa figura, o falso deus, requer veneração constante e oferece em troca apenas "migalhas materiais" – pequenas satisfações e conquistas terrenas que mantêm o indivíduo preso à ilusão da materialidade e da separação do verdadeiro divino.


Esse culto exterior alimenta o ego e mantém a alma em um estado de servidão, sempre buscando algo fora de si para preencher o vazio interno. 


A alma, ao buscar na matéria o que é de sua natureza espiritual, acaba se afastando da verdadeira fonte de paz e liberdade.


Em contraposição ao culto exterior, o verdadeiro culto religioso é aquele voltado para o Deus íntimo, o Cristo interior que reside em cada ser humano. Este culto não exige templos majestosos ou rituais grandiosos, pois seu altar é o coração do próprio praticante. Ao voltar-se para dentro, o indivíduo inicia o processo de autodescobrimento, encontrando o divino não como uma entidade separada, mas como a essência de sua própria alma.


Este Deus interior, quando reconhecido e cultivado, desabrocha como uma rosa de luz e revela sua verdadeira natureza: amor incondicional, paz duradoura, liberdade plena e imortalidade da alma. 


O culto ao Deus interior é um caminho de iluminação, onde a alma transcende as ilusões do mundo material e encontra sua verdadeira identidade como uma extensão do divino.


Através de práticas como a meditação, a introspecção e o serviço desinteressado, o buscador começa a despertar para a realidade espiritual. 


O processo de desabrochar do Cristo interior não é instantâneo, mas gradual. Conforme a alma vai se purificando e se libertando das cadeias do ego e das ilusões terrenas, mais manifesta se torna a presença do Christo.


A verdadeira liberdade espiritual, portanto, não é alcançada através da adoração de forças externas ou da busca por bens materiais. Ela é o resultado do profundo trabalho interno, da reconexão com o divino que habita em cada um de nós. 


Este processo de religar (religião)é também o de autoconhecimento e auto-realização que leva o indivíduo a reconhecer que a paz, o amor e a imortalidade não são concessões de um deus exterior, mas sim estados naturais da sua alma que desperta.


Enquanto o culto ao deus-demiurgo exterior mantém a alma presa às limitações do mundo físico, o culto ao Cristo interior a eleva para além das dualidades e ilusões da matéria. 


A alma que cultua o Deus interior vive em comunhão constante com a fonte divina, experimentando a verdadeira liberdade que transcende a morte e o sofrimento.


Por fim, para concluir, a diferença fundamental entre a verdadeira e a falsa religião está, portanto, no foco do culto: enquanto a falsa religião adora o demiurgo exterior, buscando gratificações efêmeras e materiais, a verdadeira religião se volta para o Deus interior, o Cristo que habita em cada ser humano, buscando a realização espiritual e a consequente libertação da alma.


Aqueles que trilham o caminho do culto ao Deus interior encontram, no desabrochar do Cristo em seus corações, a chave para a verdadeira paz, amor, liberdade e imortalidade. Este é o verdadeiro propósito da espiritualidade: não a adoração de uma força externa, mas o reconhecimento e a vivência do divino que habita em nós, transformando cada aspecto de nossas vidas e nos conduzindo à plenitude espiritual.


Assim, a verdadeira religião não é uma prática externa, mas uma jornada interna, onde a alma se reconcilia com sua origem divina e se eleva para além das limitações do mundo material, alcançando a eterna comunhão com o Todo.


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Autoria: WS Oliveira 

Inspirado por FR+ IRMÃO LEIGO

quarta-feira, 28 de agosto de 2024

Orgulho, Soberba e Autoritarismo: Semelhanças e Diferenças no Dia a Dia.

 


Orgulho, Soberba e Autoritarismo: Semelhanças e Diferenças no Dia a Dia

Por Abilio Machado 

No cotidiano, é comum nos depararmos com comportamentos que refletem diferentes formas de se posicionar diante de si mesmo e dos outros. Entre esses comportamentos, o orgulho, a soberba e o autoritarismo são muitas vezes confundidos ou usados como sinônimos, mas cada um deles possui características e impactos distintos nas relações pessoais e profissionais. Entender suas semelhanças e diferenças é essencial para uma convivência mais harmoniosa e consciente.

Orgulho: Autoconfiança ou Vaidade?

O orgulho pode ser entendido de duas maneiras principais: como uma autoconfiança saudável ou como uma vaidade excessiva. Na primeira acepção, o orgulho é uma qualidade positiva, que se manifesta quando a pessoa se sente satisfeita com suas conquistas e capacidades, sem, no entanto, menosprezar os outros. Esse tipo de orgulho está ligado à autoestima e pode ser um motor importante para o crescimento pessoal e profissional.Por outro lado, quando o orgulho se transforma em vaidade, ele pode se tornar prejudicial. Neste caso, a pessoa tende a exagerar suas qualidades e a se colocar em uma posição de superioridade em relação aos outros, o que pode gerar conflitos e afastamento social. Este orgulho exacerbado muitas vezes abre caminho para a soberba.

Soberba: A Ilusão de Superioridade

A soberba é uma forma distorcida de orgulho, marcada por uma crença excessiva na própria superioridade. Diferente do orgulho saudável, a soberba envolve uma avaliação desproporcional das próprias capacidades e uma desvalorização das qualidades alheias. Pessoas soberbas costumam menosprezar os outros e não aceitam críticas, pois acreditam que estão sempre certas.Este comportamento pode gerar isolamento, já que a soberba tende a afastar as pessoas devido à falta de humildade e à dificuldade em estabelecer relações de troca genuínas. Além disso, a soberba pode ser uma máscara para inseguranças profundas, escondidas atrás de uma fachada de autossuficiência.

Autoritarismo: Controle e Dominação

O autoritarismo, por sua vez, é uma postura que envolve o exercício excessivo de poder e controle sobre os outros. Pessoas autoritárias tendem a impor suas vontades sem considerar as opiniões ou sentimentos alheios, o que pode levar a ambientes de trabalho ou familiares opressivos.Ao contrário do orgulho e da soberba, que estão mais relacionados à percepção individual de si mesmo, o autoritarismo está mais ligado à forma como a pessoa se relaciona com os outros, buscando impor seu ponto de vista ou decisões, muitas vezes de forma inflexível e rígida. Esse comportamento é prejudicial para o desenvolvimento de relações saudáveis, pois inibe a colaboração e o diálogo aberto.

Semelhanças e Diferenças

Apesar de diferentes em suas essências, orgulho, soberba e autoritarismo podem se entrelaçar e coexistir em uma mesma pessoa, principalmente quando o orgulho saudável dá lugar à soberba e esta, por sua vez, se traduz em comportamentos autoritários. No entanto, é importante distinguir que o orgulho, em sua forma positiva, é necessário para a construção da autoestima, enquanto a soberba e o autoritarismo tendem a corroer as relações e a imagem da pessoa perante os outros.O desafio está em reconhecer os limites entre um comportamento saudável e um prejudicial, buscando sempre o equilíbrio entre a autoconfiança e o respeito pelos outros.


O entendimento das nuances entre orgulho, soberba e autoritarismo é crucial para promover relações interpessoais mais saudáveis e equilibradas. Reconhecer os sinais de que um comportamento está ultrapassando os limites do saudável é o primeiro passo para cultivar uma convivência baseada no respeito mútuo e na cooperação, em vez de no conflito e na dominação.

É bastante comum confundir ou misturar orgulho, soberba e autoritarismo ao tentar classificar corretamente o comportamento de uma pessoa. Isso acontece porque esses termos compartilham algumas características e, em certos contextos, podem parecer sobrepostos. Por exemplo, uma pessoa com orgulho excessivo pode facilmente ser percebida como soberba, especialmente se esse orgulho se expressa de maneira exagerada ou desconsidera os sentimentos dos outros.


Além disso, a soberba pode levar a comportamentos autoritários, onde a pessoa tenta impor suas opiniões ou decisões, acreditando estar sempre certa. Essa intersecção entre os termos dificulta a distinção clara entre eles, o que torna a classificação do comportamento mais desafiadora. No entanto, entender as nuances de cada termo pode ajudar a identificar com maior precisão o que está acontecendo em uma situação específica e responder de forma mais adequada.

quarta-feira, 21 de agosto de 2024

DEFENDENDO A LIBERDADE E A UNIDADE ! Estudo Vem ESegue-Me 19 a 25 de agosto. ALMA 53-63. !

 


Defendendo a Liberdade e a Unidade: Lições encontradas em Alma 53-63 para os Dias Atuais, estudo Vem E Segue-Me de 19 a 25 de agosto.


Os capítulos 53 a 63 do livro de Alma, no Livro de Mórmon, narram um período de intensos conflitos e desafios enfrentados pelo povo nefita. Liderados por Capitão Morôni, os nefitas se esforçam para defender sua liberdade contra os ataques dos lamanitas, enfrentando desafios internos e externos que ameaçam sua sobrevivência como nação. As lições extraídas desses capítulos são surpreendentemente aplicáveis ao mundo moderno, especialmente em um momento em que os valores de liberdade, união e retidão estão constantemente sendo desafiados.


1. A Importância da Unidade em Tempos de Crise


No mundo atual, a divisão social, política e ideológica é uma das maiores ameaças à estabilidade e ao progresso. Assim como os nefitas precisaram unir-se sob a liderança de Morôni para enfrentar seus inimigos externos e internos, nós também precisamos buscar a unidade em tempos de crise. A divisão enfraquece as nações e as torna vulneráveis, enquanto a unidade fortalece a capacidade de superar desafios, sejam eles de natureza política, econômica ou social.


Morôni exemplificou isso ao criar o "Estandarte da Liberdade", que serviu como um símbolo de união e propósito comum entre os nefitas. Nos dias de hoje, precisamos de líderes e símbolos que nos lembrem da importância de trabalhar juntos para proteger os valores que consideramos sagrados.



2. A Defesa da Liberdade


Os nefitas estavam dispostos a lutar pela sua liberdade, reconhecendo que sem ela, não haveria paz ou prosperidade. No mundo contemporâneo, embora as batalhas não sejam travadas com espadas e escudos, a luta pela liberdade continua em diferentes formas. Defendemos a liberdade de expressão, de religião, de imprensa, e os direitos humanos, entre outros. Assim como Morôni e seus soldados, precisamos estar vigilantes e ativos na proteção desses direitos.


Hoje, essa defesa pode envolver a participação em processos democráticos, o combate à desinformação, e o apoio a políticas que garantam a liberdade para todos. A história nos ensina que a liberdade nunca deve ser tomada como garantida; ela deve ser constantemente defendida e preservada.


3. Preparação e Estratégia


Morôni e seus soldados não apenas reagiam aos ataques; eles se preparavam proativamente para eles. Construíram fortificações, treinaram seus exércitos e criaram estratégias para defender suas cidades. Nos dias atuais, essa lição se traduz na necessidade de estarmos preparados para os desafios que a vida moderna nos impõe, sejam eles econômicos, sociais ou tecnológicos.


A preparação, seja no nível individual ou coletivo, nos capacita a enfrentar crises com resiliência. Isso pode significar educar-se, planejar financeiramente, ou mesmo desenvolver habilidades que nos ajudem a navegar pelas incertezas do futuro.



4. O Poder da Fé e da Reta Conduta


Os jovens guerreiros, conhecidos como os filhos de Helamã, exemplificam a força que vem da fé e da obediência aos mandamentos de Deus. Mesmo sendo jovens e inexperientes, sua coragem e confiança em Deus lhes garantiram vitórias que, aos olhos humanos, pareciam impossíveis.


Nos dias de hoje, em meio a desafios pessoais ou coletivos, a fé continua sendo uma fonte poderosa de força e orientação. A reta conduta e o comprometimento com princípios elevados não apenas nos ajudam a superar dificuldades, mas também servem de exemplo para outros, inspirando-os a agir com integridade e fé.


Os capítulos finais de Alma oferecem mais do que um relato histórico; eles fornecem princípios eternos que são relevantes em qualquer época. Ao refletirmos sobre os desafios enfrentados pelos nefitas, somos lembrados da importância de lutar pela liberdade, manter a unidade, estar preparados para adversidades, e confiar em Deus. Em um mundo cada vez mais complexo e incerto, essas lições podem guiar nossas ações e decisões, ajudando-nos a construir um futuro mais justo e próspero. 


Assim como os nefitas superaram seus desafios por meio da fé, coragem e união, nós também podemos enfrentar os desafios dos dias atuais com essas mesmas qualidades.



Abilio Machado é Psicoterapeuta, Arteeducador e pós graduado em Docência em Filosofia e Teologia entre outras formações.

terça-feira, 20 de agosto de 2024

Estudo do Vem E Segue-Me da semana cap 56 vers 47....19 a 25 de agosto Alma 53 - 63

 


Estudando o Vem E Segue-Me,  nesta madrugada, me deparei com o versículo 47 no 56 onde fala sobre a inocência dos jovens para a guerra, mas a confiança em Deus ensinada por suas mães lhes dá coragem, espero que gostem do texto...

O Ensino das Mães e a Fé Inabalável dos Filhos de Helamã

O versículo 47 do capítulo 56 de Alma, no Livro de Mórmon, destaca um dos momentos mais poderosos e inspiradores de toda a escritura. Ele fala sobre a fé dos jovens guerreiros conhecidos como os filhos de Helamã, que, mesmo sem experiência em batalha, estavam prontos para enfrentar a guerra com confiança e coragem. Este versículo atribui essa fé inabalável ao ensino de suas mães, que lhes ensinaram desde cedo a confiar no Senhor:


*"Ora, eles nunca haviam combatido, mas não temiam a morte; e acreditavam nas tradições que haviam sido transmitidas por suas mães. E estavam de fato firmes nas palavras de suas mães, dizendo: Cremos que Deus nos livrará."* (Alma 56:47)


 O Poder do Ensino Materno


Este versículo destaca a influência profunda e duradoura que as mães tiveram sobre seus filhos. Elas não apenas ensinaram seus filhos sobre os mandamentos e os princípios do evangelho, mas também inculcaram neles uma confiança absoluta na proteção e no cuidado de Deus. Essas mães criaram seus filhos em um ambiente de fé, onde a confiança no Senhor era um princípio fundamental e inegociável.


Nos dias de hoje, o papel dos pais, especialmente das mães, continua a ser crucial na formação espiritual e emocional dos filhos. Os ensinamentos que as crianças recebem em casa podem ser o alicerce sobre o qual construirão sua fé e enfrentarão os desafios da vida. Assim como os filhos de Helamã, que foram fortalecidos pelo que suas mães lhes ensinaram, os jovens de hoje também podem encontrar força e coragem nos ensinamentos que recebem em seus lares.


 Fé que Transcende a Experiência


Um dos aspectos mais notáveis deste versículo é que os filhos de Helamã *"nunca haviam combatido"*, e, ainda assim, não temiam a morte. Essa confiança não vinha de uma experiência prévia em batalha, mas sim de uma fé profunda e enraizada nos ensinamentos de suas mães. 


Essa lição é especialmente relevante para nós hoje. Muitas vezes, somos chamados a enfrentar desafios para os quais não nos sentimos preparados, ou situações que estão além do nosso controle. A confiança em Deus, ensinada e cultivada desde cedo, pode nos dar a força necessária para enfrentar esses desafios com coragem, mesmo quando a experiência e o conhecimento mundano são limitados.


A Influência Duradoura da Fé


O exemplo dos filhos de Helamã nos lembra que a fé genuína, quando ensinada e nutrida adequadamente, pode ter um impacto duradouro. A fé que as mães desses jovens inculcaram neles não apenas os preparou para a batalha física, mas também os armou espiritualmente contra o desânimo e o medo.


Em nossas vidas, podemos ver o efeito semelhante quando os princípios de fé e confiança em Deus são transmitidos às novas gerações. Esse legado espiritual pode preparar os jovens para enfrentar os "campos de batalha" modernos – sejam eles desafios pessoais, espirituais ou sociais – com a mesma confiança que os filhos de Helamã demonstraram.


O versículo 47 de Alma 56 nos oferece uma poderosa lição sobre o impacto dos ensinamentos maternos e o poder da fé. Ele nos lembra que, mesmo em tempos de grande incerteza e perigo, a fé inculcada por pais dedicados pode equipar os filhos para enfrentar os maiores desafios com confiança e coragem. Assim como os filhos de Helamã confiaram nas palavras de suas mães e no Senhor, podemos, em nossas vidas, buscar desenvolver e fortalecer essa mesma fé inabalável, tanto em nós mesmos quanto nas gerações futuras.



Abilio Machado é Psicoterapeuta,  Arteeducador e pós graduado em Docência em Filosofia e Teologia... E outras.

Conhecimento Uma Viagem Pela Filosofia




 Conhecimento: Uma Viagem Pela Filosofia.


O conhecimento tem sido um tema central na filosofia desde tempos imemoriais, com diferentes pensadores oferecendo perspectivas únicas sobre sua origem e natureza. De Sócrates a Hume, cada filósofo contribuiu para nossa compreensão do que significa saber.


Sócrates: A Sabedoria da Ignorância


Sócrates, um dos pais fundadores da filosofia ocidental, defendeu que o verdadeiro conhecimento começa com a admissão da ignorância. Sua famosa frase, "Só sei que nada sei", reflete sua crença de que o reconhecimento da nossa falta de conhecimento é o primeiro passo para a sabedoria. Através do seu método dialético, baseado em perguntas e respostas, Sócrates procurava desvendar a verdade escondida por trás das crenças superficiais.


Platão: O mundo das ideias


Platão, discípulo de Sócrates, levou essa busca pelo conhecimento além do mundo físico. Em sua obra "A República", apresenta a alegoria da caverna, na qual os prisioneiros só veem sombras da realidade projetadas em uma parede. Para Platão, o verdadeiro conhecimento não se encontra no mundo material, mas no reino das ideias, acessível apenas através do raciocínio filosófico.


Aristóteles: O conhecimento empírico


Aristóteles, aluno de Platão, ofereceu uma visão contrastante. Acreditei que o conhecimento vem da experiência sensorial e observação. Através da coleta e análise de dados do mundo ao nosso redor, podemos chegar a compreender a realidade. Para Aristóteles, a mente humana é capaz de compreender o mundo através de um processo rigoroso de estudo e reflexão sobre a natureza.


René Descartes: A Dúvida Metódica


Avançando no tempo, encontramos René Descartes, um filósofo que revolucionou a maneira como entendemos o conhecimento. Descartes propôs que o pensamento e a dúvida são a base do verdadeiro conhecimento. Sua famosa máxima, "Penso, então existo", sublinha a importância da razão como a principal ferramenta para alcançar o conhecimento. Descartes argumentou que, duvidar de tudo, podemos chegar a certezas indubitáveis.


Immanuel Kant: Razão e experiência


Immanuel Kant tentou unir as perspectivas de razão e experiência. Segundo Kant, o conhecimento surge da interação entre a mente humana e o mundo físico, mas reconheceu que existem limites para o que podemos conhecer. Introduziu o conceito de "a coisa em si", aquilo que a mente humana não consegue compreender na sua totalidade, reconhecendo que há aspectos da realidade que transcendem a nossa capacidade de compreensão.


John Locke: A mente como um quadro branco


O filósofo inglês John Locke propôs que ao nascer a mente humana é como uma tabula rasa, um quadro branco. À medida que interagimos com o mundo exterior e adquirimos experiência sensorial, começamos a preencher esse quadro com conhecimento. Para Locke, todo conhecimento deriva da experiência e observação do mundo ao nosso redor.


David Hume: O Cepticismo Empírico


Finalmente, David Hume levou o cepticismo a um novo nível, duvidando da possibilidade de alcançar um conhecimento absoluto. Segundo Hume, nosso conhecimento é baseado em experiência e hábitos mentais, mas a certeza absoluta é inatingível. Este cepticismo empírico questiona a capacidade da mente de compreender definitivamente a realidade.


O que achas? Você acha que o conhecimento vem da razão pura ou da experiência sensorial? Ou talvez você ache que ambos são necessários para entender o mundo? Explorar essas perspectivas filosóficas não só amplia nosso entendimento, mas também nos convida a questionar nossas próprias crenças sobre o que significa saber.


Abilio Machado pós graduado em Docência em Filosofia e Teologia. 

O silêncio de um Veterano!


 *O silêncio de um Veterano*


    Quando os dias trabalhados chegarem ao fim, e no Boletim Geral constar o seu nome, um silêncio ingrato irá começar, os equipamentos e as fardas, já não serão nescessários, os dias passarão a serem iguais e os amigos aos poucos farão silêncio também.

    Entrar em forma, preleção, instrução, simulados, ocorrências, tudo será silêncio também, o cabelo cresce, a barba cresce, dormir é nescessário para esquecer de tudo, mas os sonhos diariamente vem dizer que *agora você é PASSADO*...

     Os que estão na Ativa, só estarão por um tempo, e logo serão esquecidos também, mas isso não é ruim, o pior ainda está por vir, tentamos criar laços com grupos que na maioria acham que incomodamos e muitos se calam e só observam e também farão silêncio.

    Filhos, netos e uma saudade sem fim talvez tome conta de você, mas o orgulho em ser um  Veterano ainda falará mais alto.

Empréstimos, consignados, bicos, serviços extra, PTTC..., um elo que aos poucos irão se perdendo no horizonte da nossa ilusória existência.

   Dores, enfermidades e o pior silêncio chega, *A Morte*, e o Eterno Deus coloca um fim nessa jornada e com um sorriso diz; 

*Se alegre comigo pois aqui não temos dores nem tristeza, só alegria, aqui você será eternizado...*

   Um lugar diferente, uma paz real, um eterno sentimento de bondade, não sabemos o dia e a hora que o último Brado tocará, mas isso será só mais um detalhe, no qual a grande certeza é todos nós  nós encontraremos lá, e tudo será festa.

     Os da Ativa se esquecem de um pequeno detalhe, terem a sorte de um dia se tornarem também um Veterano, já vi muitos caírem ou ficarem no meio do caminho por diversos motivos.

    A jornada é longa com os colegas de trabalho, mas só poucos manterão uma amizade.


Homenagem ao eternos amigos do Pelotão de Segurança CIEx 84 !


   Deus abençoe à todos 🙏🏻🙏🏻🙏🏻

   Paz profunda ✌ 🙏 🙌 🎅



“ Veterano PE Abilio CIEx PIC ADM CCSv BPEB84"



Vi,li, gostei por isso copiei e compartilhei com você.

sábado, 17 de agosto de 2024

A SOBERBA NA IGREJA E SEU IMPACTO NO ATRASO PSICOPOLITICOSSOCIAL

 


*A Soberba na Igreja e Seu Impacto no Atraso Psicopoliticossocial*

por Abilio Machado 

A igreja, historicamente, é um espaço de acolhimento, fé e comunhão. Entretanto, nem sempre seus membros ou líderes estão imunes a atitudes que podem gerar divisões e conflitos internos. Uma dessas atitudes é a soberba, uma manifestação de orgulho exacerbado e autossuficiência que, além de ser contrária aos ensinamentos cristãos, pode causar graves consequências no desenvolvimento psicossocial de seus membros.


 O que é a Soberba e Como Ela se Manifesta na Igreja?


A soberba, muitas vezes associada ao orgulho, é a crença excessiva nas próprias capacidades e no valor pessoal, desprezando os outros. Na igreja, isso pode se manifestar de várias formas:


- *Sentimento de superioridade espiritual*: Acreditar que se é mais espiritual ou mais "santo" que os demais.

- *Julgamento constante*: Criticar os outros por suas falhas ou diferenças, sem oferecer suporte ou compaixão.

- *Resistência à correção*: Rejeitar conselhos ou correções de outros, acreditando que se está sempre certo.

- *Falta de humildade*: Não reconhecer que todos, independentemente de sua posição na igreja, são igualmente falhos e necessitados da graça de Deus.


Consequências da Soberba no Ambiente Eclesiástico


Quando a soberba se enraíza no coração de líderes ou membros da igreja, ela pode gerar uma série de consequências negativas que afetam não apenas o indivíduo, mas toda a comunidade.


1. *Divisões e conflitos*: A soberba pode criar um ambiente de competição em vez de colaboração. Membros que se veem superiores podem evitar cooperar com outros, gerando divisões e facções dentro da igreja.


2. *Resistência ao crescimento*: Comunidades onde a soberba prevalece tendem a resistir a mudanças e ao crescimento, tanto espiritual quanto numérico. A inovação e a aceitação de novas ideias são vistas como ameaças ao status quo.


3. *Isolamento e exclusão*: Indivíduos que se sentem julgados ou inferiores em um ambiente soberbo podem se afastar da comunidade, resultando em isolamento social e espiritual. A igreja, que deveria ser um local de inclusão, torna-se um espaço de exclusão.


A Soberba e o Atraso Psicopoliticossocial


O impacto da soberba na igreja vai além do espiritual e pode contribuir significativamente para o atraso psicossocial dos membros, especialmente os mais jovens e vulneráveis.


*Baixa autoestima*: Membros que são constantemente criticados ou comparados negativamente podem desenvolver baixa autoestima, acreditando que nunca serão "bons o suficiente".

*Desenvolvimento emocional comprometido*: A falta de apoio e o julgamento severo impedem o desenvolvimento saudável das emoções, levando a problemas como ansiedade e depressão.

*Dificuldade de relacionamentos*: A soberba gera barreiras nos relacionamentos interpessoais, dificultando a formação de laços genuínos baseados na empatia e no amor cristão


Como Combater a Soberba e Promover um Ambiente Saudável na Igreja


Para que a igreja cumpra seu papel de comunidade acolhedora e promotora do crescimento espiritual e social, é fundamental combater a soberba e promover atitudes de humildade e serviço.


*Educação e reflexão* Promover estudos bíblicos e discussões que abordem a soberba e seus efeitos, incentivando a reflexão pessoal e coletiva.

*Exemplo de liderança* Líderes que demonstram humildade e disposição para servir criam um ambiente propício para que os membros sigam o mesmo caminho.

*Incentivo ao apoio mútuo* Estimular a formação de grupos de apoio onde os membros possam compartilhar suas lutas e conquistas sem medo de julgamento.

A soberba na igreja é um veneno silencioso que, se não for tratada, pode causar graves danos ao desenvolvimento psicossocial de seus membros e ao próprio corpo de Cristo. É essencial que líderes e congregantes estejam atentos a essa armadilha, promovendo um ambiente de humildade, acolhimento e verdadeiro amor cristão. Assim, a igreja poderá continuar a ser um farol de esperança e crescimento para todos os que a buscam.


Abilio Machado: Psicoterapeuta,  Arteeducador,  Neuropsicopedagogo ICH e Especialista na Docência em Filosofia e Teologia. 

quarta-feira, 14 de agosto de 2024

Impressão pessoal do estudo Vem e Segue-Me de 12 a 18 de agosto Alma 43-52


 


“Firmes na fé em Cristo”

Na semana de 12 a 18 de agosto, o estudo do "Vem, e Segue-Me" cobre Alma 43–52, onde aprendemos sobre a importância de sermos firmes na fé em Cristo. Nesses capítulos, vemos como o capitão Morôni lidera os nefitas em batalhas contra os lamanitas, sempre confiando no Senhor e usando a preparação espiritual e física para proteger seu povo.

Uma analogia para os dias de hoje seria pensar na nossa vida como um barco navegando em um mar agitado. Assim como o capitão Morôni preparou seu povo para enfrentar as batalhas, precisamos estar preparados para enfrentar as tempestades da vida. Nossa fé em Cristo é como uma âncora que nos mantém firmes e evita que sejamos arrastados pelas correntes do mundo. Sem essa âncora, corremos o risco de perder o rumo e acabar naufragando.

Portanto, o convite dessa semana é fortalecer nossa fé, assim como Morôni fortaleceu seu exército, para que possamos permanecer firmes e seguros em Cristo, não importa o que aconteça ao nosso redor.

Paz profunda ✌ 🙏 🙌 🎅
🎅Abilio Machado🎅


*Estandarte de Morôni*
  
No campo de batalha, ele se ergueu,  
Um capitão valente, que em Deus confiou,  
Com mãos decididas, o pano prendeu,  
E o Estandarte da Liberdade levantou.  

De uma túnica rasgada, fez nascer,  
Palavras de fé, de amor e de luta,  
"Em memória de nosso Deus, família e ser,"  
Um grito de coragem que a ninguém se oculta.  

Naquele tecido, esperança e fervor,  
Costurou com o fio de sua devoção,  
E em cada letra, selou com ardor,  
A promessa de paz, liberdade e união.  

O vento o embalava, qual brisa suave,  
Mas o símbolo era forte, um rochedo firme,  
Para o povo, um farol, que em meio à chave,  
Guiava as almas na luta sublime.  

Morôni o levantou, não só como um sinal,  
Mas como um pacto com o Deus da verdade,  
Que seu povo seria fiel até o final,  
Firmes e fortes na fé e na liberdade.  

E assim, o estandarte voou sobre o campo,  
Uma chama de esperança, em tempos de dor,  
E nos corações plantou um acalanto,  
De que a fé é a vitória, a maior de todas, o amor.  

#EstandartedeMoroni
#poethaabiliomachado
#19h0414082024

#Poesia #poesiasepensamentos #igrejadejesuscristodossantosdosultimosdias #moroni #estandarte #capitaomoroni

*Versículo do estandarte pessoal*

3 Néfi 18:21:"Orai ao Pai em vossa família, sempre em Meu nome, para que vossa esposa e vossos filhos sejam abençoados."

🎅Abilio Machado🎅 

terça-feira, 6 de agosto de 2024

Um caloteiro a 4 mil anos...

 

UM CALOTEIRO, QUATRO MIL ANOS ATRÁS...

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Em meio às vastas ruínas da antiga Mesopotâmia, foi descoberta uma pequena tabuleta de argila que revela um dos primeiros registros de insatisfação comercial da história. Este artefato, escrito em cuneiforme há cerca de 4.000 anos, é conhecido como a "carta de reclamação mais antiga do mundo" e foi encontrado na casa de um comerciante de metais chamado Ea-nāṣir, na antiga cidade de Ur, localizada no sul do atual Iraque.

O Contexto Histórico

A Mesopotâmia, frequentemente referida como o berço da civilização, é conhecida por suas inovações pioneiras em escrita, legislação e comércio. As cidades-estado da região, como Ur, eram centros comerciais vibrantes, onde mercadores trocavam uma variedade de bens, desde tecidos e grãos até metais preciosos. Neste cenário de intenso comércio, a qualidade dos produtos e a satisfação do cliente já eram preocupações significativas.

A Reclamação de Nanni

A tabuleta de argila documenta a queixa de um cliente chamado Nanni, que estava profundamente insatisfeito com a qualidade do cobre que lhe fora entregue por Ea-nāṣir. Na carta, Nanni expressa sua frustração de forma clara e direta, criticando a má qualidade do metal e a negligência de Ea-nāṣir em honrar o acordo comercial.

Nanni escreveu: "Diga a Ea-nāṣir: Nanni envia a seguinte mensagem: Quando você veio, você disse o seguinte: 'Eu darei boas barras de cobre a Gimil-Sin.' Isto você não fez; você colocou barras que não eram boas diante de meu mensageiro (Sit-Sin) e disse: 'Se você quiser pegá-las, pegue; se você não quiser pegá-las, vá embora.' Para quem, entre os mercadores que negociam com Telmun, você já tratou assim? Somente para mim você trata desta maneira!"

A Importância do Documento

Este documento não é apenas fascinante por ser um dos primeiros registros escritos de uma reclamação, mas também oferece uma visão única sobre as práticas comerciais e as expectativas de qualidade na antiga Mesopotâmia. Mostra que mesmo há milênios, a integridade comercial e a satisfação do cliente eram componentes essenciais das transações comerciais.

A carta também sugere um sistema organizado de comércio, onde mercadores e clientes mantinham registros detalhados de suas transações. A existência de tal documento indica que os consumidores tinham expectativas claras e mecanismos para expressar suas insatisfações, mesmo em uma época tão remota.

Conclusão

A carta de reclamação de Nanni a Ea-nāṣir, preservada por milênios, é um testemunho duradouro das relações comerciais na antiga Mesopotâmia. Este pequeno artefato não apenas nos conecta ao passado, mas também ilustra a longevidade das questões de qualidade e serviço ao cliente. A história de Nanni e Ea-nāṣir serve como um lembrete de que, independentemente da época, os princípios de honestidade e satisfação no comércio são universais e atemporais.

Fontes:
- The British Museum. "Letter from Ea-nasir to Nanni." Disponível em: [The British Museum](https://www.britishmuseum.org/collection/object/W_1899-0922-1)
- Leick, Gwendolyn. "Mesopotamia: The Invention of the City." Penguin Books, 2001.

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sábado, 3 de agosto de 2024

Enfrentando a Iniquidade: Uma Reflexão Sobre o Estudo Desta Semana do Vem E Segue-Me...

 



Enfrentando a Iniquidade: Uma Reflexão Sobre o Estudo Desta Semana do Vem E Segue-Me...


*Quando Alma viu a iniquidade que o cercava, sentiu-se profundamente abatido por “tristeza”, “tribulações” e “angústias”* (Alma 8:14).


Sabe aqueles dias em que tudo parece dar errado e o mundo parece estar mergulhado em injustiça e maldade? Pois é, Alma, um profeta do Livro de Mórmon, também teve seus momentos assim. Ele olhou ao redor e viu tanta iniquidade que seu coração se encheu de tristeza, tribulações e angústias. Dá para imaginar a cena: Alma, desanimado, se perguntando como continuar diante de tanto mal, de tantas desorientações entre seu povo.


Parece até que estamos falando dos dias de hoje, não é? O mundo moderno não é muito diferente. A iniquidade está por toda parte, desde pequenas injustiças cotidianas até grandes corrupções e violências. E aí vem a pergunta: como um cristão de hoje pode lidar com essa enxurrada de negatividade, de incoerências entre o ser, ter,  existir?


Bom, talvez possamos aprender algo com Alma. Mesmo abatido, ele não deixou que a tristeza o paralisasse. Ele buscou forças em Deus e continuou sua missão. Então, o que podemos fazer diante da iniquidade?


Primeiro, a oração e a meditação podem ser um grande refúgio. Tirar um tempo para conversar com Deus e refletir sobre as escrituras ajuda a encontrar paz e direção, não basta apenas ler,  deve-se absorver, estudar, procurar aprendizado no Evangelho. Não subestime o poder de um momento tranquilo de oração, com entrega, perdão e transformação.


Depois, tem a comunidade. Sabe aquela sensação de pertencimento que sentimos quando estamos entre amigos que compartilham da mesma fé? Isso é poderoso. Apoiar-se na comunidade pode aliviar a carga, eis a grande força da igreja, das reuniões,  dos estudos. Compartilhar nossas lutas e encorajar uns aos outros é fundamental, eis aqui o fervor do testemunho.


Ah, e por fim, a ação. Não adianta só reclamar do mundo, temos que agir. Pequenos atos de bondade e justiça podem fazer uma diferença enorme. Pequenos atos de honestidade aliviará o peso dos seus ombros mesmo que o mundo o ache bobo pé ação. Pode parecer clichê, mas é verdade: combater a iniquidade com amor e ações positivas é uma das melhores formas de resistência.


Então, da próxima vez que a iniquidade do mundo, leia-se aqui também família,  amigos e vizinhos, te abater, lembre-se de Alma. Use a tristeza como um ponto de partida para buscar forças em Deus, apoiar-se na comunidade e agir com bondade. Afinal, mesmo em meio ao caos, podemos ser luz e esperança como disse o profeta: pensemos Celestial.


*este texto corresponde a sua reflexão do estudo desta semana do Vem E Segue-Me? Se lhe foi relevante...Comente,  compartilhe, releia.


Paz profunda ✌ 🙏 🙌 🎅 

🎅Abilio Machado🎅

sexta-feira, 2 de agosto de 2024

O MAIOR PECADO DE TODOS : FALAR EM NOME DE DEUS!



*O Maior Pecado de Todos: Falar em Nome de Deus!*

Por Abilio Machado 

Falar em nome de Deus é um ato que carrega uma responsabilidade imensa e, muitas vezes, subestimada. Este artigo se propõe a explorar o significado e as implicações de se assumir o papel de porta-voz do divino, tanto do ponto de vista filosófico quanto espiritualista. Em um mundo onde a fé e a religião desempenham papéis significativos na vida de muitos, é crucial refletir sobre os riscos e as consequências desse comportamento.

A Responsabilidade de Falar em Nome de Deus

Afirmar falar em nome de Deus implica uma posição de autoridade suprema. Essa responsabilidade deve ser considerada com extremo cuidado. 


- **Autoridade Divina**: 

Quem se coloca como representante da voz divina muitas vezes o faz com a intenção de guiar, corrigir ou inspirar. No entanto, a autoridade divina não deve ser tratada como um instrumento de poder pessoal ou manipulação.


- **Interpretação Humana**: 

A interpretação das escrituras e das palavras de Deus é intrinsecamente subjetiva. Cada indivíduo filtra esses ensinamentos através de suas próprias experiências, crenças e limitações. Portanto, reivindicar uma interpretação única e verdadeira pode ser extremamente perigoso.


Consequências Filosóficas

Do ponto de vista filosófico, a pretensão de falar em nome de Deus levanta várias questões sobre ética, moralidade e o próprio entendimento da verdade.


- **Ética da Comunicação**: 

A ética exige que sejamos honestos e humildes sobre nossas limitações. Falar em nome de Deus pode violar esses princípios, especialmente se feito com intenções egoístas ou sem o devido discernimento.


- **Moralidade e Manipulação**: 

Utilizar o nome de Deus para justificar ações ou influenciar comportamentos pode resultar em manipulação. A moralidade desse ato é questionável, pois pode levar à exploração e opressão daqueles que confiam na autoridade religiosa.


Reflexões Espiritualistas

Sob uma perspectiva espiritualista, falar em nome de Deus pode ser visto como um ato de profunda arrogância espiritual. 


- **Conexão Direta com o Divino**: 

Muitas tradições espiritualistas ensinam que cada indivíduo tem uma conexão direta com o divino. Ao afirmar falar em nome de Deus, uma pessoa pode inadvertidamente minar a capacidade dos outros de buscar e encontrar essa conexão pessoal.


- **Arrogância Espiritual**: 

A arrogância espiritual surge quando alguém assume que possui uma compreensão superior ou exclusiva do divino. Isso não só desrespeita a diversidade de experiências espirituais, mas também pode criar divisões e conflitos dentro das comunidades de fé.


 O Maior Pecado: Usurpar a Voz Divina

Falar em nome de Deus, sem um profundo entendimento e humildade, pode ser considerado um dos maiores pecados. Isso porque usurpa a voz divina para propósitos humanos, distorcendo a mensagem e potencialmente causando mais mal do que bem.


- **Humildade e Discernimento**:

 É essencial que qualquer tentativa de interpretar ou compartilhar a mensagem divina seja feita com humildade e discernimento. Reconhecer nossas limitações e buscar orientação constante são passos cruciais para evitar esse pecado.


- **Responsabilidade Coletiva**: 

Comunidades de fé têm a responsabilidade coletiva de questionar e desafiar aqueles que reivindicam falar em nome de Deus. Um ambiente de diálogo aberto e respeitoso pode ajudar a prevenir abusos de autoridade e garantir que a busca pelo divino permaneça autêntica e inclusiva.


O ato de falar em nome de Deus não deve ser tomado levianamente. Ele exige um profundo senso de responsabilidade, humildade e respeito pela diversidade de experiências espirituais. Ao refletirmos sobre as implicações filosóficas e espiritualistas desse comportamento, podemos melhor apreciar a importância de buscar o divino de maneira autêntica e pessoal, sem cair na armadilha de usurpar uma autoridade que não nos pertence. Em última análise, o maior pecado pode ser precisamente a presunção de que entendemos plenamente a vontade de Deus, esquecendo que somos todos, em nossa essência, buscadores imperfeitos da verdade espiritual.