sexta-feira, 5 de setembro de 2025

– DAVI, O REI HUMANO E FALHO. - da Serie O Homem Sentado no Banco da Igreja

 


– DAVI, O REI HUMANO E FALHO

Por Abilio Machado 

Hoje, o homem sentado no banco da igreja subiu até o telhado de uma casa antiga. As telhas rangem sob seu peso, o sol se despede atrás dos prédios e a noite começa a vestir a cidade. Ele olha para baixo, para as janelas iluminadas, onde vidas se cruzam em silêncio. E pensa em Davi.


Não o pastor que enfrentou Golias.

Não o salmista de harpa em mãos.

Mas o rei que caiu do trono da própria consciência.


Davi, o ungido, o poeta, o guerreiro, se perdeu em uma noite comum, no lugar errado, com os olhos fixos na direção errada. Do alto do telhado, viu Bate-Seba. E, a partir desse olhar, deixou a paixão se tornar poder, o desejo virar violência, o erro se transformar em assassinato.

Aquele que unificou um reino foi incapaz de governar a si mesmo.


O homem no telhado suspira. Pensa em quantos líderes, pastores, políticos, homens e mulheres de hoje carregam o mesmo peso. Gente que se apresenta como exemplo, mas que no íntimo sabe dos becos escuros da alma. Gente que tenta maquiar erros, manipular narrativas, apagar rastros.

Mas sempre há um profeta que aparece com a parábola na boca, como Natã diante de Davi: “Tu és o homem.”


O telhado é um lugar perigoso: alto o suficiente para olhar tudo, mas também para cair de si mesmo. E o homem sentado sabe disso.

A diferença entre Saul e Davi não foi a ausência de falha — ambos falharam.

Foi a resposta à falha. Saul se justificou, culpou, endureceu.

Davi chorou, quebrou, escreveu salmos de arrependimento que até hoje ecoam: “Cria em mim, ó Deus, um coração puro.”


O homem continua sentado no telhado.

Não há harpa em suas mãos, nem coroa em sua cabeça. Apenas o peso do reconhecimento: todos nós somos um pouco Davi — frágeis, vulneráveis, cheios de desejos que podem nos trair. Mas também todos podemos ser Davi: capazes de chorar, recomeçar e, quem sabe, transformar até o pecado em poesia de redenção.



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quarta-feira, 3 de setembro de 2025

Voce ja ouviu falar de HALF-BOY ?

 



Você já ouviu falar em Johnny Eck, o “Half-Boy” que conquistou o mundo?

Nascido em 1911, em Baltimore (EUA), Johnny veio ao mundo com agenesia sacral, uma condição rara que fez com que tivesse o tronco completo, mas pernas atrofiadas. Medindo apenas 45 cm de altura, ele transformou o que muitos viam como limitação em espetáculo, talento e humor.


Desde pequeno, aprendeu a andar sobre as mãos antes mesmo do irmão gêmeo dar os primeiros passos. Mais tarde, brilhou em circos e sideshows com sua força e acrobacias, chegando até ao cinema — foi estrela do cultuado Freaks (1932) e apareceu em filmes de Tarzan.

Artista multifacetado, também foi pintor, músico, fotógrafo, ilusionista e dono de fliperama. Um de seus truques mais famosos arrancava gargalhadas: corria atrás de um anão que levava suas “pernas falsas”, gritando “I want my legs back!”.


Com seu humor afiado, dizia: “Why would I want legs? Then I’d have pants to press.” (“Pra que eu iria querer pernas? Só teria mais calças para passar.”).


Johnny faleceu em 1991, mas sua história segue viva como inspiração de coragem, autenticidade e criatividade.


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segunda-feira, 1 de setembro de 2025

A mulher mais feia do mundo !

 


💔 A mulher mais “feia” do mundo — e o maior exemplo de amor materno

Mary Ann Bevan nasceu em 1874, no Reino Unido. Enfermeira dedicada, levava uma vida comum até casar-se com Thomas Bevan, com quem teve quatro filhos.

Mas sua vida mudou drasticamente em 1914, quando ficou viúva de repente. Sem apoio financeiro e precisando sustentar sozinha a família, Mary Ann enfrentou um destino cruel.

Pouco tempo depois, ela foi diagnosticada com acromegalia, uma rara condição causada pelo excesso do hormônio do crescimento. A doença provocou o aumento anormal dos ossos e deformações faciais, transformando sua aparência de forma irreversível.

Em uma época sem compreensão médica ou empatia social, Mary Ann sofreu discriminação constante. Para conseguir alimentar e educar os filhos, ela se inscreveu em um concurso e acabou recebendo o título cruel de “a mulher mais feia do mundo”.

Com isso, passou a se apresentar em circos e feiras, incluindo o famoso Coney Island, em Nova York, onde era exibida ao lado de outras atrações. O preço? Humilhações públicas e olhares de desprezo.

😢 Mas por trás da dor estava uma força admirável: Mary Ann suportou tudo para garantir dignidade e futuro aos filhos. Sua história é lembrada até hoje como um verdadeiro exemplo de sacrifício, coragem e amor materno.

✨ Uma lição poderosa: às vezes, os maiores heróis não usam capas, mas sim o coração de uma mãe.


domingo, 31 de agosto de 2025

SAUL _ o rei escolhido pelo desejo do povo de “ter alguém como as outras nações” - da Serie O Homem Sentado no Banco da Igreja

 


SAUL _ o rei escolhido pelo desejo do povo de “ter alguém como as outras nações”

Por Abilio Machado 

Hoje, o homem sentado no banco da igreja não está na igreja.

Ele se encontra em um ferro-velho, rodeado de carros enferrujados, peças retorcidas e coroas de metal que um dia brilharam mas agora não passam de peso inútil. Ele se senta sobre um assento arrancado de algum veículo abandonado, como um trono quebrado. O cheiro de óleo velho e ferrugem o envolve, lembrando que até o que já foi imponente pode virar sucata.


Ali, entre restos de glórias passadas, ele pensa em Saul.

O primeiro rei de Israel. Escolhido por sua estatura, pela aparência imponente, pelo desejo do povo de “ter alguém como as outras nações”. Saul começou pequeno aos próprios olhos, tímido, escondido entre bagagens. Mas o poder, quando repousou sobre sua cabeça, corroeu-lhe o coração.


No ferro-velho, cada peça parece contar a mesma história: coisas que já brilharam e hoje não passam de descarte. Assim foi Saul. Um homem que tinha tudo para ser lembrado como libertador, mas que se tornou símbolo de desobediência, inveja e medo.

Ele não suportou o peso da coroa.

A coroa virou sucata.


E o homem suspira: quantos “Saul” temos hoje?

Líderes que começam humildes, falando de servir, mas logo se perdem na embriaguez do poder. Gente que troca a obediência pela aparência, a verdade pela conveniência, a fé pelo aplauso. Governantes que governam para si, líderes religiosos que transformam púlpitos em palcos, chefes que querem ser adorados, não respeitados.


Saul queria ser rei como os outros reis. E o povo queria seguir alguém visível, em vez de confiar no invisível. O preço disso foi alto: guerras desnecessárias, paranoia, perseguição, um trono manchado de sangue e lágrimas.


O homem olha ao redor: carros retorcidos, portas amassadas, coroas quebradas. Ele entende que todo poder que não é exercido em humildade acaba aqui, no ferro-velho da história.

E murmura baixinho: “Talvez o maior rei seja aquele que nunca esquece que continua sendo servo.”



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OS JUÍZES ESQUECIDOS - da Serie O Homem Sentado no Banco da Igreja

 


OS JUÍZES ESQUECIDOS

Por Abilio Machado 

Hoje, o homem sentado no banco da igreja não está na igreja.

Ele se encontra no parque da cidade, mas não no balanço, nem na gangorra. Senta-se num carrossel enferrujado, desses que giram quando alguém empurra, mas que agora está parado, coberto de ferrugem. Ele olha para os cavalinhos imóveis, sem brilho, e sente que há uma história escondida naquilo que não gira mais.


Ali, ele pensa nos juízes esquecidos.

Otniel, que venceu batalhas, mas cujo nome pouco ecoa.

Eúde, o canhoto que libertou Israel com uma adaga escondida.

Sangar, que derrubou inimigos apenas com uma aguilhada de bois.

E depois, Tola, Jair, Ibsã, Elom e Abdom… homens que governaram, mas deixaram quase nada além de números: quantos anos julgaram, quantos filhos tiveram, quantas cidades governaram.


Na gangorra de Eli havia silêncio por omissão.

No carrossel, o silêncio é de esquecimento.

Eles existiram, mas a roda da história quase não girou para lembrá-los.


E o homem suspira: quantos de nós também somos “juízes menores”? Pessoas que viveram, trabalharam, sofreram, amaram… mas cujos nomes não entram em livros, nem viram manchetes, nem são citados em púlpitos. A memória do mundo é seletiva. Só alguns nomes ficam, os outros se dissolvem no tempo como tinta desbotada.


Mas talvez aí esteja a lição.

Nem toda liderança precisa de palco. Nem todo ato precisa de lembrança para ter valor. Otniel, Eúde, Sangar e os outros carregam esse lembrete: que o bem feito em silêncio continua sendo bem, mesmo se o carrossel da história parar e ninguém mais se lembrar de empurrar.


O homem olha o brinquedo abandonado. Pensa que, no fim, só há duas memórias que importam: a que fica diante de Deus e a que fica gravada no coração de quem foi alcançado por nossos pequenos gestos. O resto é carrossel que gira e para, gira e para, até se perder na ferrugem.



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Eli, “até quando você ficará imóvel, sem reação?- da serie O Homem Sentado no Banco da Igreja

 


"ELI, até quando você ficará imóvel, sem reação?"

Por Abilio Machado 

Hoje, o homem sentado no banco da igreja não está na igreja.

Ele foi ao parque, mas não para brincar. Senta-se numa gangorra, sozinho, parado no ar. Não há ninguém para contrabalançar seu peso. A madeira range, e o ferro enferrujado parece perguntar: “até quando você ficará imóvel, sem reação?”


Naquele balanço que não balança, ele pensa em Eli. O juiz, o sacerdote, o homem de Deus… mas também o pai que fechou os olhos para a corrupção dos filhos. Eli via, mas não agia. Sabia, mas não confrontava. A cadeira onde ele se sentava virou símbolo de sua omissão — e da sua queda.


A gangorra é uma boa metáfora para isso: a liderança é sempre um jogo de peso e contrapeso. O problema é quando um lado da balança pesa demais e ninguém tem coragem de levantar o outro. Eli permitiu que seus filhos transformassem o sagrado em lucro, a fé em negócio, o altar em feira. Ele escolheu o silêncio, e o silêncio custou caro: a arca foi levada, a honra perdida, a glória partiu.


E hoje?

Quantos “Eli” se sentam nas cadeiras de nossas instituições, igrejas e parlamentos? Quantos preferem o conforto do cargo e a conveniência dos relacionamentos à difícil decisão de corrigir os seus? Quantas vezes vemos líderes apontando dedos para os de fora enquanto protegem seus próprios filhos, amigos e aliados, como se houvesse duas medidas: uma para o público, outra para os íntimos?


O homem na gangorra suspira. Sabe que o preço da omissão não é só pessoal: é coletivo. Quando quem deveria corrigir escolhe fechar os olhos, toda a comunidade sofre. A glória se vai, a confiança se quebra, e sobra apenas um ferro enferrujado, rangendo num parque vazio.


O homem continua parado, pesado de pensamentos. A gangorra não sobe, não desce. O silêncio dele também pesa. Ele entende, com um nó na garganta, que o mundo não precisa de mais “Eli”. Precisa de coragem.



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sábado, 30 de agosto de 2025

 "PORTUGUÊS" É O ÚNICO IDIOMA EM QUE SE PODE ESCREVER UM TEXTO SÓ COM A LETRA "P".


 "PORTUGUÊS" É O ÚNICO IDIOMA EM QUE SE PODE ESCREVER UM TEXTO SÓ COM A LETRA "P".


PODEMOS PARTIR?


Pedro Paulo Pereira Pinto, pequeno pintor português, pintava portas, paredes, portais. Porém, pediu para parar porque preferiu pintar panfletos. Partindo para Piracicaba, pintou prateleiras para poder progredir. Posteriormente, partiu para Pirapora. Pernoitando, prosseguiu para Paranavaí, pois pretendia praticar pinturas para pessoas pobres. Porém, pouco praticou, porque Padre Paulo pediu para pintar panelas, porém posteriormente pintou pratos para poder pagar promessas.


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Pálido, porém perseverante, preferiu partir para Portugal para pedir permissão para papai para permanecer praticando pinturas, preferindo, portanto, Paris. Partindo para Paris, passou pelos Pirineus, pois pretendia pintá-los. Pareciam plácidos, porém, pesaroso, percebeu penhascos pedregosos, preferindo pintá-los parcialmente, pois perigosas pedras pareciam precipitar-se principalmente pelo Pico, porque pastores passavam pelas picadas para pedirem pousada, provocando provavelmente pequenas perfurações, pois, pelo passo percorriam, permanentemente, possantes potrancas. Pisando Paris, pediu permissão para pintar palácios pomposos, procurando pontos pitorescos, pois, para pintar pobreza, precisaria percorrer pontos perigosos, pestilentos, perniciosos, preferindo Pedro Paulo precaver-se. Profundas privações passou Pedro Paulo. Pensava poder prosseguir pintando, porém, pretas previsões passavam pelo pensamento, provocando profundos pesares, principalmente por pretender partir prontamente para Portugal. Povo previdente! Pensava Pedro Paulo… "Preciso partir para Portugal porque pedem para prestigiar patrícios, pintando principais portos portugueses".


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Passando pela principal praça parisiense, partindo para Portugal, pediu para pintar pequenos pássaros pretos. Pintou, prostrou perante políticos, populares, pobres, pedintes. - "Paris! Paris!" Proferiu Pedro Paulo. -"Parto, porém penso pintá-la permanentemente, pois pretendo progredir".


Pisando Portugal, Pedro Paulo procurou pelos pais, porém, Pai Procópio partira para Província. Pedindo provisões, partiu prontamente, pois precisava pedir permissão para Pai Procópio para prosseguir praticando pinturas. Profundamente pálido, perfez percurso percorrido pelo pai. Pedindo permissão, penetrou pelo portão principal. Porém, Pai Procópio puxando-o pelo pescoço proferiu: -Pediste permissão para praticar pintura, porém, praticando, pintas pior. Primo Pinduca pintou perfeitamente prima Petúnia. Porque pintas porcarias? -Pai, proferiu Pedro Paulo, pinto porque permitiste, porém preferindo, poderei procurar profissão própria para poder provar perseverança, pois pretendo permanecer por Portugal. Pegando Pedro Paulo pelo pulso, penetrou pelo patamar, procurando pelos pertences, partiu prontamente, pois pretendia pôr Pedro Paulo para praticar profissão perfeita: pedreiro! Passando pela ponte precisaram pescar para poderem prosseguir peregrinando. Primeiro, pegaram peixes pequenos, porém, passando pouco prazo, pegaram pacus, piaparas, pirarucus. Partindo pela picada próxima, pois pretendiam pernoitar pertinho, para procurar primo Péricles primeiro.