terça-feira, 31 de dezembro de 2024

O mormonismo e a sua estrutura deseret !

 


A concepção Mórmon da estrutura da colmeia e o termo "Deseret" têm raízes profundas nas escrituras do movimento, na teologia e na visão comunitária dos Santos dos Últimos Dias (SUD), ou Mórmons. Esta simbologia está associada à organização, cooperação e trabalho árduo, valores centrais da cultura SUD. Vamos explorar a questão com mais profundidade.

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1. Origem do Termo "Deseret"


O termo "Deseret" aparece no Livro de Mórmon, especificamente em Éter 2:3, que descreve "Deseret" como a palavra jaredita para "abelha". A abelha, por sua vez, simboliza trabalho diligente e a prosperidade gerada pela cooperação comunitária. Na tradição dos Santos dos Últimos Dias, a abelha e a colmeia assumem um significado mais amplo, representando o ideal de uma sociedade unificada e diligente.


2. Deseret na História dos SUD


Quando os pioneiros Mórmons, liderados por Brigham Young, se estabeleceram no Vale do Lago Salgado em 1847, eles buscaram fundar uma sociedade baseada em princípios religiosos. Eles chamaram a região de Estado de Deseret, um estado proposto que incluía grande parte do oeste dos Estados Unidos. Embora a proposta não tenha sido reconhecida pelo governo dos EUA, o nome "Deseret" continuou a simbolizar a visão de uma sociedade justa e moral.


3. A Colmeia como Símbolo


A colmeia é um dos símbolos mais icônicos associados aos Santos dos Últimos Dias. Está presente em edifícios da Igreja, documentos oficiais e na bandeira histórica do Estado de Deseret. Representa:


Trabalho em conjunto: Cada membro da colmeia (abelha) desempenha um papel essencial.


Progresso comunitário: A ideia de que esforços individuais contribuem para o bem coletivo.


Ordem divina: Reflete a crença em uma sociedade ordenada e justa, regida por princípios espirituais.



4. Relação com a Teologia


A teologia Mórmon coloca grande ênfase na criação de um "Zion" moderno, um lugar onde a sociedade é guiada por princípios de justiça e obediência a Deus. A colmeia como metáfora conecta-se diretamente com essa visão, destacando:


Autossuficiência: Cada membro da comunidade deve trabalhar para sustentar a sociedade.


Cooperação harmoniosa: Seguindo princípios que refletem a ordem celestial.


Progresso espiritual: Assim como a colmeia produz mel, a sociedade SUD busca produzir frutos espirituais.



5. Influência Contemporânea


Hoje, o termo "Deseret" é amplamente utilizado em instituições relacionadas aos Santos dos Últimos Dias, como o Deseret News (jornal), Deseret Book (editora) e outros empreendimentos. Além disso, o símbolo da colmeia é parte do selo oficial do estado de Utah, refletindo a importância histórica e cultural dos pioneiros Mórmons.



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Fontes


Aqui estão algumas fontes que exploram a simbologia de "Deseret" e da colmeia na tradição SUD:


1. Livro de Mórmon - Escritura central dos Santos dos Últimos Dias, disponível em site oficial da Igreja SUD.

2. Tullidge, E. W. (1886). History of Salt Lake City. Uma análise histórica detalhada do papel dos pioneiros Mórmons na fundação do estado de Utah.

3. Arrington, L. J. (1958). Great Basin Kingdom: An Economic History of the Latter-day Saints. Explora os aspectos econômicos e sociais do pioneirismo Mórmon.

4. Bennion, L. W. (1991). Symbols in Mormonism. Descreve o significado de símbolos como a colmeia.

5. Bitton, D., & Arrington, L. J. (1992). The Mormon Experience: A History of the Latter-Day Saints.


Conclusão


A colmeia e o termo "Deseret" encapsulam os ideais comunitários, espirituais e econômicos dos Santos dos Últimos Dias. Simbolizam uma sociedade harmoniosa e centrada em Deus, construída sobre os valores de trabalho, cooperação e fé.


Abilio Machado - Docência em Filosofia e Teologia.

sexta-feira, 27 de dezembro de 2024

O que está por trás da tentativa de soterrar uma celebração induzindo a se olhar a outra...

 


Vou fazer um adendo, aí se quiserem me retirar do grupo fiquem a vontade, mas acho que é bom pontuar: Ao citar a morte no período do nascimento estamos aterrando todo um conceito e ensinamentos do significado e promessas deste nascimento.

Meu texto de análise ao fato:

A prática de encobrir uma celebração como o Natal com outras atividades ou narrativas pode ser analisada sob dois aspectos: psicológico e sociopolítico.


1. Aspecto Psicológico


O Natal, centrado no nascimento de Jesus, é uma celebração carregada de significado emocional e espiritual. Para muitas pessoas, porém, esta data pode trazer sentimentos de solidão, tristeza ou melancolia, especialmente quando associada a perdas, desentendimentos familiares ou expectativas frustradas. Assim, algumas pessoas podem:


Evitar a dor emocional: Ao criar outras narrativas ou atividades, buscam distrair-se de memórias dolorosas ou de emoções desconfortáveis associadas ao Natal.


Proteger-se de vulnerabilidades: Celebrar abertamente pode implicar enfrentar questões internas como a falta de conexão, espiritualidade ou pertencimento. Ao "encobrir" a celebração, a pessoa evita encarar essas questões de frente.


Reafirmação de identidade: Algumas pessoas optam por criar suas próprias formas de celebração para reafirmar sua autonomia emocional e ideológica, especialmente se sentem que os valores tradicionais do Natal não ressoam com suas experiências.



2. Aspecto Sociopolítico


No campo sociopolítico, a dinâmica de encobrir celebrações religiosas pode ser influenciada por fatores como:


Secularização da sociedade: Em muitos contextos, há uma tendência crescente de substituir significados religiosos por valores laicos ou universais. Assim, para alguns, a ênfase no nascimento de Jesus pode parecer menos relevante frente a celebrações genéricas como a "temporada de festas".


Pluralidade cultural: Em sociedades diversas, há uma tentativa de incluir diferentes perspectivas. Isso pode levar a uma neutralização da simbologia cristã do Natal, substituindo-a por mensagens mais inclusivas, mas que nem sempre tocam no cerne espiritual da data.


Pressão social e consumo: O Natal muitas vezes é ofuscado pelo apelo comercial e pela imposição de padrões de felicidade que nem todos conseguem alcançar. Quem se sente excluído desse ideal pode buscar alternativas para desviar o foco.



Conclusão


Encobrir ou redefinir a celebração do Natal é, em muitos casos, uma resposta humana a dores emocionais ou pressões sociais. Reconhecer essa prática como uma forma de proteção ou resignificação ajuda a compreender a complexidade do comportamento humano. A essência do Natal, baseada na esperança, amor e renovação, pode servir como um convite à reconexão, sem impor celebrações, mas oferecendo acolhimento e significado genuíno.

Tomemos cuidado para não colocarmos nossas dores acima de uma festa cristã ou de uma celebração familiar.


Por Abilio Machado - Docência no Ensino de Filosofia e Teologia.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2024

Por que as pessoas boas sofrem ?

 


Por que as pessoas boas sofrem?

Por Abilio Machado 

Lá estava eu, parado no trânsito de uma segunda-feira, com aquele calor abafado dentro da Van da saúde, conduzida pelo Schpiura, e a fila de carros que parecia não ter fim. No rádio, no celular, alguém perguntava: "Por que as pessoas boas sofrem?" Eu ri meio amargo. Era a pergunta que todo mundo já se fez ao menos uma vez na vida. E, sinceramente, talvez a única que nunca vai ter uma resposta exata.


Pensei na dona Maria, a vizinha que cria gatos de rua e distribui bolos para as crianças do bairro. Outro dia, vi os olhos dela marejados porque roubaram a bicicleta velha que usava para ir à igreja. E o Seu João, que sempre ajudava todo mundo na oficina, mas acabou falindo porque confiou demais em quem não devia. Por que o universo parece tão injusto às vezes?


Mas, olha, enquanto a van avançava lentamente, percebi algo. As pessoas boas, aquelas que realmente carregam a bondade no peito, não sofrem porque fizeram algo de errado ou porque o mundo está conspirando contra elas. Elas sofrem porque sentem. Sentem de um jeito tão profundo que carregam os pesos que outros ignoram. Sofrem porque enxergam a dor que muitos preferem virar o rosto.


Ser bom é como ser um campo de flores: bonito, mas vulnerável ao vento, à chuva forte, ao pisoteio. A bondade não é uma armadura; é uma janela aberta para o mundo. E é exatamente isso que torna as pessoas boas especiais. Mesmo diante do sofrimento, elas continuam florescendo.


A dona Maria, mesmo sem a bicicleta, ainda alimenta os gatos. O Seu João, depois de fechar a oficina, começou a consertar brinquedos para doar às crianças carentes. As pessoas boas sofrem, sim, mas, de algum jeito mágico e inexplicável, transformam a dor em algo maior.


No fim, talvez a questão não seja por que elas sofrem, mas o que fazem com isso. Porque a bondade não é sobre evitar a dor; é sobre não deixar que ela endureça o coração. É sobre continuar enxergando o outro, mesmo quando a vida nos dá motivos para desviar o olhar.


Então, da próxima vez que a pergunta surgir, tente olhar com mais calma. As pessoas boas sofrem porque têm coragem de ser vulneráveis. E, no fundo, são elas que fazem a diferença no mundo, mesmo quando ninguém está olhando.


O trânsito começou a fluir. Eu desliguei o celular para economizar bateria, assim fiquei sem o rádio, apenas curtindo o passar vagaroso da beirada da BR277 num borrão,  mas fiquei com a certeza de que, apesar de tudo, vale a pena ser do time das flores, mesmo que o vento insista em nos sacudir de vez em quando.

Sejamos mais humanos em bobdade e caridade e menos críticos sem causa.


quarta-feira, 11 de dezembro de 2024

Uma Crônica Sobre o Verdadeiro Espirito da Época Nataina l

 



Uma Crônica Sobre o Verdadeiro Espírito da Época Natalina !


O Natal chega mais uma vez, com seu brilho especial, espalhando luzes que parecem acender não só as ruas e casas, mas também o coração de cada um de nós. Há algo mágico nesta época do ano, um encanto que transcende o simples calendário e nos leva a uma reflexão profunda sobre o que realmente importa: família, harmonia, união e o amor que nos une.


No silêncio de uma noite estrelada, há mais de dois mil anos, um menino nasceu numa simples manjedoura, trazendo consigo uma promessa de esperança e salvação. O nascimento de Jesus Cristo é, sem dúvida, o maior símbolo de um recomeço, de um amor incondicional que se espalha pelo mundo como uma chama viva. E é esse espírito que o Natal nos convida a celebrar: o nascimento de um novo tempo, a renovação da fé e a alegria de estarmos juntos.


O verdadeiro Espírito Natalino não está apenas nas decorações cintilantes, nos presentes embrulhados ou nas festas que enchem nossos lares de risadas e música. Ele está, acima de tudo, na capacidade de acolher, perdoar e abraçar a quem está ao nosso lado. O Natal é o momento de abrir o coração e permitir que a comunhão entre as pessoas floresça, que as diferenças se dissolvam e que o laço familiar se fortaleça.


Na ceia de Natal, a mesa farta não é apenas uma tradição. Ela é símbolo da partilha e do acolhimento, um lembrete de que, assim como Jesus repartiu o pão, somos convidados a repartir o que temos de melhor. É o tempo de olhar para quem está perto e também para quem está longe, de estender a mão a quem precisa e de relembrar que todos somos parte de uma grande família humana, unidos pelo amor que recebemos e que oferecemos.


A verdadeira essência do Natal se revela nos pequenos gestos: no sorriso sincero, no abraço apertado, no tempo que dedicamos àqueles que amamos. É no simples ato de estarmos juntos, na harmonia de uma noite onde o barulho cessa e o espírito de paz reina, que encontramos o sentido maior dessa celebração. A união que o Natal inspira é um convite à reflexão de que a vida é, antes de tudo, feita de momentos compartilhados, de histórias contadas ao redor da mesa e de laços que resistem ao tempo.


Por isso, neste Natal, desejo que o espírito de amor e solidariedade toque cada coração, que a esperança renasça a cada amanhecer e que a fé ilumine cada passo do caminho. Que a união da família seja fortalecida, que os momentos juntos sejam vividos com profundidade e que cada sorriso seja um reflexo da alegria verdadeira que o nascimento de Cristo trouxe ao mundo.


Que o Natal não seja apenas uma data, mas um sentimento que nos acompanhe durante todo o ano. Que a paz que ele traz floresça em cada lar e que a harmonia nos guie, lembrando sempre que o maior presente é estarmos juntos, unidos pelo amor que Jesus nos ensinou.


Feliz Natal! Que a luz dessa época permaneça acesa em nossos corações por todo o ano que se inicia.


@papainoelabiliomachado


domingo, 8 de dezembro de 2024

ANGÚSTIA COM CHEIRO DE PANETONE! _ Me disse Fernanda.

 

Angústia com cheiro de panetone

por Abilio Machado 


Fim de ano. A cidade vestida de luzes, vitrines prometendo um mundo de afeto em 12 parcelas sem juros, e eu aqui, parado na cozinha, encarando um panetone com certa mágoa. A frase da Fernanda ecoava na cabeça: "Angústia com cheiro de panetone". Ela falou rindo, mas aquilo grudou em mim como o cheiro de fermento doce que invadia a casa.

Porque, vamos combinar, panetone é uma entidade emocional. Ele aparece na mesa, todo pomposo, com uma embalagem dourada que promete mais do que entrega. Chega como símbolo de festa, mas também de um tempo que pesa. Cheiro de abraços forçados, de mensagens de "Feliz Natal" no WhatsApp enviadas por obrigação, de retrospectivas que nem sempre a gente quer assistir.

E o pior? O panetone tem essa cara de quem sabe tudo. Aquela massa inchada, as frutinhas que parecem olhar para você com julgamento passivo-agressivo. "E aí, foi um bom ano?" ele pergunta, sem falar nada. E o que você responde? Isso sem falar daquela música repetida que te acusa: " O ano termina, e o que você fez?"

A verdade é que o panetone não mente. Ele é o retrato do que o Natal se tornou pra muitos de nós: uma mistura de doçura e peso. Entre uma fatia e outra, dá pra sentir os pedaços de memória – umas boas, outras meio amargas, como aquelas passas que todo mundo finge gostar, mas ninguém realmente quer no prato.

Eu gosto da Fernanda porque ela não tem medo de botar em palavras aquilo que todo mundo sente e finge que não. "Angústia com cheiro de panetone" é basicamente um resumo da vida adulta: aquela sensação de estar num lugar que deveria ser alegre, mas carregando um quê de melancolia que você não sabe bem de onde vem.

Então eu fico ali, na cozinha, tentando lidar com o cheiro do fermento, com as lembranças de um ano esquisito e com as expectativas sobre o próximo. E penso que talvez o segredo seja aceitar o panetone pelo que ele é. Nem doce, nem triste. Só um pedaço de massa, açúcar e passado, nos lembrando que dá pra viver com tudo isso.

Corto uma fatia e mastigo devagar. Vai ver, é como a vida: às vezes é só uma questão de aprender a engolir as passas.

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Cozinha Mágica do Papai Noel !

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Treinamento Completo para Papais Noéis!

E muitas histórias infantis que ocorrem no Natal e no mundo mágico do Papai Noel. 

domingo, 1 de dezembro de 2024

O experimento de Erastostenes

 


"O experimento de Eratóstenes para medir a circunferência da Terra é um exemplo clássico de medição científica inicial que pode ser replicado por qualquer pessoa hoje.


Aqui está uma visão geral simplificada de como funcionava:


Eratóstenes sabia que ao meio-dia local no solstício de verão em Syene (hoje Aswan, Egito), o Sol estava diretamente acima da cabeça, como evidenciado pelo fato de que iluminava o fundo de um poço profundo, algo que só acontece quando o Sol está no zênite. Não havia sombras projetadas por objetos verticais.


Ao mesmo tempo, em Alexandria, que fica ao norte de Syene, objetos verticais projetavam sombras. Eratóstenes mediu o ângulo da sombra projetada por uma vara e descobriu que era de aproximadamente 7,2 graus, ou 1/50 de um círculo completo.


A distância entre Syene e Alexandria era conhecida por ser de aproximadamente 5.000 estádios (o comprimento exato de um  stadion não é conhecido, mas é frequentemente considerado como tendo cerca de 185 metros com base no comprimento típico usado no mundo mediterrâneo helenístico).


Eratóstenes raciocinou que se um pedaço de pau em Alexandria projetasse uma sombra com um ângulo de 7,2 graus, então, em um círculo completo de 360 ​​graus, a distância de Alexandria a Siena deve ser 1/50 da circunferência total da Terra. Então, ele multiplicou a distância entre as duas cidades por 50 para obter a circunferência da Terra.


Usando unidades modernas para o stadion, o cálculo seria:


5.000 stadia x 185 metros/stadion = 925.000 metros


925.000 metros x 50 = 46.250.000 metros


Assim, Eratóstenes calculou a circunferência da Terra em cerca de 46.250 quilômetros.  A circunferência real da Terra no equador é de cerca de 40.075 quilômetros, então, embora seu método fosse sólido, a precisão de seu resultado estava errada devido ao valor inexato do estádio e possivelmente à precisão de suas medições. No entanto, o experimento de Eratóstenes foi notavelmente preciso para sua época e continua sendo uma demonstração poderosa do método científico aplicado ao mundo natural.


Se a Terra fosse plana e para reconciliar as observações de Eratóstenes com um modelo de Terra plana, o sol teria que estar muito mais próximo e menor do que é no modelo heliocêntrico. A ideia seria que o sol está se movendo em círculos acima do plano plano da Terra, criando diferentes ângulos de sombras em diferentes pontos.


Para calcular o tamanho e a proximidade do sol sob este cenário de Terra plana, você usaria o ângulo da sombra medido por Eratóstenes (cerca de 7,2 graus) e a distância entre Siena e Alexandria.  Supondo que essa distância seja de cerca de 800 quilômetros (o número é geralmente dado como 5000 estádios, com o comprimento exato de um estádio variando), a trigonometria básica lhe daria a altura do sol acima do plano da Terra.


Usando a tangente do ângulo, que é a razão do lado oposto (a altura do sol) para o lado adjacente (a distância entre as duas cidades), você obteria:


tan(7,2°) = Altura do sol/800km


Resolvendo para a altura do sol, você descobriria que ela teria que ser aproximadamente:


Altura do sol = 800 km x tan(7,2°)


Isso colocaria o sol a uma altura de aproximadamente 100 quilômetros acima da superfície da Terra — um cenário muito diferente da distância média real até o sol de cerca de 150 milhões de quilômetros.


Se o Sol fosse hipoteticamente colocado a uma altura de apenas 100 quilômetros acima da superfície da Terra, e precisássemos ajustar seu tamanho para corresponder aos ângulos reais observados da luz solar, conforme medidos por Eratóstenes, teríamos que realizar um cálculo com base no diâmetro angular do Sol visto da Terra.


O diâmetro angular do Sol observado da Terra é de cerca de 0,5 graus.  Para manter esse diâmetro angular a uma distância de apenas 100 quilômetros, precisaríamos calcular o diâmetro real (D) que o Sol precisaria ter usando a fórmula para o diâmetro angular:


θ = 2 arctan (D/2)


onde:


θ é o diâmetro angular em radianos,

D é o diâmetro do Sol,

d é a distância até o Sol.


Reorganizar essa fórmula para resolver D e converter θ para radianos para um diâmetro angular de 0,5 grau nos dá:


D = 2d tan (θ/2)


Vamos fazer o cálculo.


Se o Sol estivesse a apenas 100 quilômetros acima da superfície da Terra e quiséssemos manter o mesmo diâmetro angular de 0,5 grau que observamos da superfície real da Terra, o diâmetro do Sol teria que ser de aproximadamente 872,67 metros.


 Nesse tamanho, para manter a constante solar de 1361 watts por metro quadrado, o sol hipotético precisaria de uma produção total de energia de cerca de 1,74 x 10^17 watts. A fusão nuclear requer pressões e temperaturas incrivelmente altas que só são possíveis dentro dos núcleos das estrelas devido às suas imensas forças gravitacionais, que são um produto de seu tamanho massivo.


Portanto, a fusão nuclear como fonte de energia não seria possível com as dimensões descritas de um sol de apenas 872,67 metros de diâmetro e 100 quilômetros da Terra.


Outra explicação comprovada da fonte de sua energia seria necessária.


Além disso, esse modelo teria dificuldades em explicar muitas outras observações, como a falta de mudança no tamanho angular do sol ao longo do dia, a maneira como o sol se põe e nasce, e o fenômeno da noite e do dia em diferentes fusos horários, entre outras questões.


Desafio qualquer crente em TP a apresentar um modelo matemático - com dados e números proporcionais ao que apresentei acima - para apoiar sua afirmação.  As informações acima refutam fortemente a ideia de uma Terra plana e um sol local. Isso simplesmente não é possível sem explicações adicionais.


Não me diga para ir procurar e fazer a pesquisa. Dedique tempo e esforço para apresentá-lo como acabei de fazer."