sábado, 28 de setembro de 2024

O Poder das Palavras...

 Hoje, abri uma revistinha que deixaram nesta semana sobre as mesinhas em frente do Hospital de Clínicas-UFPR, vi o senhor do aplicativo que deixou uma velha senhora e rapidamente saiu do seu carro e distribuiu uma a uma sobre as mesinhas revestidas de cacos de azuleijos, todas diferentes, com anotações das lições, e como sempre gosto de tirar minhas próprias conclusões dos estudos, deparei-me com 2 Timóteo 4: 12-17... E saiu esta crônica:

*O Poder das Palavras*

por Abilio Machado 

Era uma tarde de outono quando Timóteo, jovem discípulo de Paulo, recebeu a carta que mudaria o rumo de seus pensamentos. A mensagem trazia não apenas conselhos, mas um sopro de ânimo para enfrentar as dificuldades que ele sabia que viriam. No capítulo 4, dos versículos 12 a 17, Paulo, já cansado e ciente de sua proximidade com o fim, mostrava a força de suas palavras, suas experiências e advertências.

Paulo pediu que Timóteo viesse logo. Queria sua presença e ajuda, mas também seus livros e pergaminhos. Mesmo em seus últimos dias, Paulo reconhecia o valor do conhecimento e da palavra escrita, como se cada linha pudesse ainda alimentar corações e mentes, mesmo quando ele não estivesse mais por perto.

E assim, lemos naqueles versículos:

"Quando vieres, traze a capa que deixei em Trôade, em casa de Carpo, e os livros, especialmente os pergaminhos". (2 Timóteo 4:13)

A simplicidade do pedido contrasta com a profundidade do seu significado. Paulo queria manter-se aquecido, protegido do frio, tanto no corpo quanto no espírito. Seus pergaminhos, talvez contendo escrituras e anotações, eram o alimento de sua alma.

Ele menciona também Alexandre, o latoeiro, alguém que lhe causou muitos males. Era uma advertência para que Timóteo estivesse atento, pois a jornada não seria fácil. "O Senhor lhe pague segundo as suas obras", diz Paulo, como quem entrega a justiça nas mãos divinas. Ele sabia que nem todos os que encontraria pelo caminho trariam bondade. A estrada era longa e cheia de obstáculos, mas sua fé permanecia inabalável.

No entanto, Paulo não se queixava de solidão. Mesmo abandonado por alguns, ele escreveu com serenidade:

"Ninguém esteve ao meu lado na minha primeira defesa; todos me desampararam. Que isto não lhes seja imputado." (2 Timóteo 4:16)

Aqui, há um toque de misericórdia. Em meio à dor da traição, Paulo perdoa. Ele não guarda rancor, mas segue adiante, confiando que Deus estaria ao seu lado até o fim.

E assim, conclui:

"Mas o Senhor esteve ao meu lado e me fortaleceu, para que por mim fosse cumprida a pregação, e todos os gentios a ouvissem; e fui livre da boca do leão." (2 Timóteo 4:17)

A imagem do leão, feroz e pronto para devorar, representa os perigos iminentes. Mas Paulo, fortalecido por sua fé, escapou de suas garras, protegido por algo maior.


Analogias com os dias de hoje...

Essa passagem nos convida a uma reflexão sobre a atualidade. Hoje, estamos rodeados por palavras — nas redes sociais, nas notícias, nos encontros diários. Muitas vezes, enfrentamos julgamentos, como Paulo diante de Alexandre, o latoeiro. Existem aqueles que nos ferem, intencionalmente ou não, e podemos nos sentir abandonados em momentos cruciais.

Quantas vezes nos encontramos sozinhos em meio à multidão, como Paulo durante sua primeira defesa? Esperamos apoio, mas acabamos enfrentando os desafios de cabeça erguida, contando apenas com a nossa força interior.

Em nossos dias, a "capa" que nos protege do frio pode ser a sabedoria que buscamos, os conhecimentos que adquirimos e o consolo que encontramos na fé, no autoconhecimento ou nos laços que cultivamos. Tal como Paulo desejava seus pergaminhos, nós também buscamos por algo que alimente nossas mentes e espíritos, em meio ao caos moderno.

A história de Paulo nos lembra que, mesmo quando os amigos falham, quando a solidão se impõe, ou quando enfrentamos os "leões" que nos cercam — seja o medo, a insegurança ou as dificuldades da vida —, ainda há uma força maior que nos sustenta. Seja por meio da fé, da resiliência ou do amor, sempre há algo que nos fortalece.

E assim como Paulo pediu a Timóteo que viesse rápido, também devemos estar atentos às pessoas que precisam de nós hoje. Nos dias de correria e distração, há sempre alguém que anseia pela nossa presença, pela nossa palavra ou simplesmente por um ato de compaixão.

Tal como Paulo, que perdoou e seguiu em frente, nós também devemos cultivar o perdão. O rancor aprisiona, mas o perdão liberta. E, ao final de tudo, seremos lembrados não pelo que acumulamos, mas pelo que transmitimos — as palavras que dissemos, os gestos que fizemos e o amor que compartilhamos.

Assim, a crônica de Paulo nos ensina que, em meio aos desafios, as palavras têm o poder de nos proteger, curar e guiar, hoje e sempre.


Quer receber de presente o Livro de Mórmon?! Deixe seu contato nos comentários que faremos chegar um exemplar até você!


quarta-feira, 25 de setembro de 2024

LEVANTAI-VOS E SE APROXIMAIS DE MIM - Vem e Segue-Me de 23 a 29 de setembro: 3 Nefi 8-11


 Crônica: “Levantai-vos e aproximai-vos de mim”


Há algo extraordinário na quietude que precede uma grande mudança. Às vezes, o caos parece ser o prenúncio de algo sagrado, como se o mundo precisasse estremecer antes de encontrar sua paz. Esta semana, no Vem, e Segue-me, refletimos sobre uma dessas mudanças poderosas, quando o Salvador Se manifesta ao povo nefita, trazendo esperança e luz depois de dias de destruição e escuridão. Em 3 Néfi 8–11, há lições profundas para nós que transcendem o tempo, chamando-nos também a "levantar e aproximar" do Cristo.


A tempestade e a escuridão


Os capítulos de 3 Néfi 8 e 9 relatam uma sequência de catástrofes sem precedentes: terremotos, tempestades, trovões ensurdecedores, escuridão impenetrável. Imagine, por um momento, a desolação daquele povo, o mundo que conheciam desmoronando diante de seus olhos. Aqueles eventos simbolizavam mais do que a destruição física — eram sinais de uma transição espiritual profunda.


Quantas vezes, em nossas próprias vidas, não experimentamos a escuridão que precede a luz? Momentos de dor e desespero muitas vezes antecedem revelações espirituais significativas. Assim como os nefitas, podemos sentir o medo, a incerteza, o chão se abrir sob nossos pés. Mas o que essa história nos ensina é que a escuridão não dura para sempre.


A Voz do Salvador no Silêncio


Após o caos, surge algo ainda mais impressionante: o silêncio. E então, uma voz: a do próprio Salvador. Ele anuncia o fim das cidades destruídas, mas, ao mesmo tempo, oferece uma chance de redenção, de mudança, de uma vida nova. Ele Se apresenta como o “luz e a vida do mundo” e diz aos que sobreviveram: "Vós sois os que me restaram... Portanto, convertei-vos e vinde a mim."


Quantas vezes não ouvimos essa voz em nossa própria jornada? Na calmaria que se segue às tempestades da vida, o Salvador nos chama a mudar de rumo, a deixar o passado para trás e seguir por um novo caminho. As palavras dEle não são de condenação, mas de convite — de redenção.


O Chamado: “Levantai-vos e Aproximai-vos de Mim”


Em 3 Néfi 11, ocorre uma das cenas mais tocantes das escrituras: Jesus Cristo descendo do céu e aparecendo ao povo, convidando cada um a vir e tocar em Suas feridas, como prova de Sua expiação. O que há de tão profundo nesse gesto?


Ao pedir que cada um O toque, Cristo convida a uma experiência individual e íntima com Ele. Não é suficiente apenas saber sobre Ele ou ver de longe. O chamado é para se aproximar, para sentir por si mesmo o sacrifício que Ele fez, para reconhecer a salvação de maneira pessoal.


Esse convite se estende a todos nós hoje. O Salvador nos chama de maneira muito similar: "Levantai-vos e vinde a mim". Em meio aos desafios diários, aos erros e arrependimentos, Ele sempre estará ali, esperando que nos levantemos e demos o primeiro passo em Sua direção. Essa lição nos mostra que a proximidade com Cristo não depende das circunstâncias ao nosso redor, mas de nossa disposição em nos aproximar dEle, independentemente do caos que possa nos cercar.


As Lições de Uma Experiência Pessoal


Há algo sagrado nesse chamado individual. Cristo não falou ao povo em geral, Ele se dirigiu a cada pessoa. E assim também é em nossa vida. As lições desses capítulos de 3 Néfi nos lembram que o Senhor conhece cada um de nós pelo nome, conhece nossas dores e alegrias, e quer que tenhamos uma experiência pessoal com Ele.


Aproximar-se de Cristo é mais do que um ato físico ou externo. É uma transformação do coração. É permitir que Ele toque nossas vidas de maneiras que nos moldem, que nos curem e que nos preparem para o que virá.


O Convite Eterno


Ao final desses capítulos, o convite permanece: “Levantai-vos e aproximai-vos de mim”. Ele é mais do que um chamado aos nefitas de uma era distante; é um apelo para todos nós. Cristo está sempre pronto para nos receber, independentemente de onde estivermos em nossa jornada.


Talvez você se sinta em meio à escuridão, como o povo nefita após a destruição. Talvez sua tempestade tenha acabado de passar, e tudo o que resta é silêncio. Seja qual for sua situação, o Salvador está ali, chamando, esperando que você se aproxime e toque Suas feridas, para que também seja curado.


Esta semana, ao refletirmos sobre esse convite divino, que possamos responder com fé e coragem. Levantemo-nos de nossas próprias quedas e sigamos em direção à única luz que pode verdadeiramente nos salvar.


Vinde, e segue-O.


domingo, 22 de setembro de 2024

A fé vendida !

 


A Fé Vendida


Era uma tarde quente, e o pregador subiu ao palco como uma estrela prestes a brilhar. Suas roupas impecáveis, o cabelo cuidadosamente alinhado e, no peito, um sorriso triunfante. O auditório estava cheio. O povo aguardava, ansioso, por palavras que os conectassem ao divino, por promessas de cura, de bênçãos, de prosperidade. Ele começou, não com uma oração, mas com uma promessa de algo maior, algo que, por um instante, fez o ar tremer de expectativa.


"Deus tem um plano para a sua vida", ele disse. "E hoje, você pode ativar esse plano com uma semente de fé. Uma doação de R$ 100, R$ 500, R$ 1.000, porque quem semeia, colhe."


A frase ecoou como um mantra. A velha senhora no canto, que mal tinha para comprar remédios, chorou de emoção. O jovem que procurava um caminho para sair do subemprego abriu sua carteira com um misto de esperança e desespero. Assim, a fé se transformava em mercadoria, vendida a quem mais desesperadamente precisava dela.


A prática de comercializar a fé não é nova. Desde os tempos de Lutero, que se levantou contra as indulgências vendidas pela Igreja Católica, a religião muitas vezes foi usada como ferramenta de poder e controle. A promessa do céu, ou ao menos de uma vida melhor, sempre foi o produto mais valioso para quem soubesse negociar.


Nos dias atuais, no entanto, o que se vê é uma versão moderna dessa prática, com prédios suntuosos, templos milionários e líderes que mais se assemelham a CEOs do que a pastores. O discurso mudou; agora, é possível comprar bênçãos através de transferências bancárias, cartões de crédito e até criptomoedas. Os fiéis, seduzidos pela promessa de prosperidade, tornam-se clientes fiéis de uma empresa que visa o lucro, e não a salvação.


Muitos desses pregadores justificam sua riqueza com a Bíblia na mão, citando versículos como o de Malaquias 3:10: "Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa; e depois fazei prova de mim, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós uma bênção tal até que não haja lugar suficiente para a recolherdes." A mensagem de generosidade e entrega se distorce para justificar mansões, jatinhos e uma vida de luxo que nada reflete o exemplo de Cristo.


E o comportamento cristão? Aquele que ousa questionar é rapidamente silenciado com acusações de falta de fé, de rebeldia contra a vontade divina. "Não julgueis, para que não sejais julgados" (Mateus 7:1) é o escudo de quem teme ser desmascarado. A crítica, a reflexão e o discernimento, que deveriam ser parte do exercício espiritual, são sufocados por um sistema que prospera na passividade e na obediência cega.


Os líderes religiosos, que deveriam pastorear suas ovelhas, tornam-se lobos disfarçados. Alimentam-se da esperança alheia, enquanto os fiéis, muitas vezes presos ao ciclo de promessas e decepções, continuam a financiar suas extravagâncias. O reino de Deus, prometido nas Escrituras, dá lugar ao reino dos homens, um império de ouro e prata que cresce à custa da fé sincera de milhões.


E, assim, seguimos. A fé, que deveria ser uma ponte para o transcendente, vira uma mercadoria nas mãos de quem sabe explorar o desespero e a vulnerabilidade humana.


Paz profunda ✌ 🙏 🙌 🎅 

Por Abilio Machado

Você sabe o que um vereador faz ?

 




Vereador: conheça o papel e as funções desse representante político
Originário do grego antigo, o vocábulo vereador vem da palavra “verea”, que significa vereda, caminho. O vereador, portanto, seria o que vereia, trilha, ou orienta os caminhos. Existe no idioma brasileiro o verbo verear, que é o ato de exercer o cargo e as funções de vereador. Resumindo, o vereador é a ligação entre o governo e o povo. Ele tem o poder de ouvir o que os eleitores querem, propor e aprovar esses pedidos na câmara municipal e fiscalizar se o prefeito e seus secretários estão colocando essas demandas em prática. Por isso, é importante que o eleitor acompanhe a atuação do vereador para verificar se o trabalho está sendo bem desenvolvido.
Ao vereador cabe elaborar as leis municipais e fiscalizar a atuação do Executivo – no caso, o prefeito. São os vereadores que propõem, discutem e aprovam as leis a serem aplicadas no município. Entre essas leis, está a Lei Orçamentária Anual, que define em que deverão ser aplicados os recursos provenientes dos impostos pagos pelos cidadãos. Também é dever do vereador acompanhar as ações do Executivo, verificando se estão sendo cumpridas as metas de governo e se estão sendo atendidas as normas legais.

A Constituição Federal e as leis orgânicas municipais estabelecem tudo o que o vereador pode e não pode fazer durante o mandato. Para acompanhar se os vereadores estão cumprindo bem seus deveres perante a população, os eleitores podem ir às sessões legislativas ou mesmo conversar com os vereadores em seus gabinetes. Caso o eleitor descubra alguma irregularidade, é possível fazer uma denúncia ao Ministério Público.

Legislativo

Os vereadores fazem parte do Poder Legislativo, e discutem e votam matérias que envolvem impostos municipais, educação municipal, linhas de ônibus e saneamento, entre outros temas da cidade. Cada vereador é eleito de forma direta, pelo voto, tornando-se um representante da população. Por isso, deve propor projetos que estejam de acordo com os interesses e o bem-estar do povo.

Na câmara municipal (também chamada de câmara de vereadores), os projetos, emendas e resoluções têm de passar por comissões, para serem votados no plenário. Mesmo depois de aprovados, projetos e emendas precisam ser submetidos à apreciação do prefeito, que pode vetá-los total ou parcialmente ou aprová-los. Quando há aprovação, o projeto é publicado no diário oficial da cidade e vira lei.

Fiscalização

Além das votações, os vereadores também têm o poder e o dever de fiscalizar a administração, cuidando da aplicação dos recursos e observando o orçamento. É dever deles acompanhar o Poder Executivo, principalmente em relação ao cumprimento das leis e da boa aplicação e gestão do dinheiro público.

Também são os vereadores que julgam as contas públicas da cidade, o que acontece todo ano, com a ajuda do tribunal de contas municipal ou do tribunal de contas dos municípios (no caso dos estados da Bahia, Goiás, Rio de Janeiro e São Paulo), que são órgãos que assessoram na fiscalização do próprio Poder Legislativo.



Requisitos

Para se candidatar a vereador, o cidadão precisa ter o domicílio eleitoral na cidade em que pretende concorrer até um ano antes da eleição, além de estar filiado a um partido político. Além disso, precisa ter nacionalidade brasileira, ser alfabetizado, estar em dia com a Justiça Eleitoral, ser maior de 18 anos e, caso seja homem, ter certificado de reservista.

Cada câmara pode ter no mínimo nove e no máximo 55 vereadores. O total de vagas depende do tamanho da população de cada cidade. O salário dos vereadores segue a mesma lógica, ou seja, em cidades pequenas, de até 10 mil pessoas, os salários devem ser no máximo 20% do salário de um deputado estadual daquele estado. O percentual aumenta de acordo com o número de habitantes, até chegar a 75%, no caso das cidades com mais de 500 mil habitantes.

por Abilio Machado

#Legislativo #vereadores #política #eleições

quarta-feira, 18 de setembro de 2024

21 de setembro DIA DE MORÔNI

 Que tal um novo feriado? Dia de Morôni!

Dia 21 de setembro chegando e você pode escolher comemorar com outros membros da Igreja - comemorar a restauração, o Livro de Mórmon, Morôni, Joseph Smith e muito mais!












#diademoroni #livrodemormon #centraldasescrituras #feriado #igrejadejesuscristodossantosdosultimosdias

sexta-feira, 13 de setembro de 2024

As Boas Novas de Samuel, o Lamanita ! Estudo Vem E Segue-Me 09 a 15 de setembro, Helamã 13-16

 As Boas Novas de Samuel, o Lamanita !

Por Abilio Machado 


Sobre o Estudo do Vem E Segue-Me de 9 a 15 de setembro: “Boas-novas de grande alegria” Helamã 13–16

As boas novas de Samuel, o Lamanita...

Imagine só: um homem, que nem fazia parte daquele povo, escalando as muralhas da cidade para pregar uma mensagem urgente. Esse era Samuel, o lamanita, que viveu em tempos de grande iniquidade. Ele sabia que Deus tinha um plano, sabia que o Salvador viria em breve, mas o povo de Zaraenla estava tão afundado no orgulho e nas riquezas que não queria nem ouvir.



Samuel começou sua missão com um chamado ao arrependimento. Ele falava do perigo de confiar nas coisas deste mundo, nos “tesouros” que se corroem com o tempo. Ele sabia que o único tesouro que realmente importa é o espiritual, e clamava para que os nefitas se voltassem a Deus. “Arrependam-se!”, ele gritava do alto das muralhas. Mas muitos não queriam escutar.


O mais impressionante foi quando Samuel começou a profetizar sobre Cristo, o Salvador. Ele falou de uma noite que não teria escuridão quando Jesus nascesse, uma nova estrela brilhando no céu. Que símbolo lindo! Uma luz para guiar os fiéis, mostrando que Cristo é a verdadeira Luz do Mundo. E então, ele falou sobre a morte de Cristo. O céu, por três dias, ficaria escuro. E a terra, cheia de terremotos e caos, choraria pela crucificação do Filho de Deus.


Mas, mesmo com esses sinais poderosos, muitos nefitas continuaram rejeitando Samuel. Eles zombavam, diziam que ele estava louco, tentavam até matá-lo. Ainda assim, ele permaneceu firme, sabendo que suas palavras eram verdadeiras. Porque, no fundo, Samuel não estava apenas trazendo profecias de calamidade, mas uma mensagem de esperança. Ele sabia que Cristo traria redenção, e essa era a grande alegria que ele desejava compartilhar.


E o que tudo isso tem a ver conosco hoje? Bem, vivemos tempos parecidos, onde muitos ignoram os sinais de Deus e buscam apenas os “tesouros” do mundo. Mas, assim como Samuel nos ensinou, ainda há tempo para nos arrependermos e nos voltarmos ao Salvador. Cristo continua a ser nossa luz, nos guiando por meio de Suas palavras e de Seus profetas. E, como Samuel, somos chamados a compartilhar essa luz, mesmo que, às vezes, as pessoas não queiram ouvir.


Essa é a verdadeira alegria: saber que, mesmo em meio às trevas, existe uma Luz que nunca se apaga – Jesus Cristo, nosso Salvador.


Paz profunda ✌ 🙏 🙌 🎅

quarta-feira, 11 de setembro de 2024

A PRAÇA DOS MORTOS

 


A Praça dos Mortos

A Praça Santos Andrade, por muito tempo, foi um ponto de encontro, de rapazes e moçoilas estudantes, homoafetivos ou não, para mim um pouco de nostalgia da adolescência de uma cena todada ali de um pornô chamado A rainha dos gemidos, aquela adolescência de entrar menor no cinemas as quartas-feira... Voltando a ela, a Praça, um símbolo de vida pulsante em meio ao concreto da cidade. Seus canteiros floridos, outrora espaço de descanso e contemplação, já foi a Vila de Natal Electrolux do Papai Noel Azul (eu), e hoje tais espaços estão tomados pela desesperança. O que antes eram bancos de repouso, se transformaram em leitos improvisados, e também sob as árvores no seu gramado, tornam-se  testemunhas mudas da degradação humana. A praça, agora, é dos mortos. Não de corpos sepultados, mas de almas invisíveis, despojadas de qualquer sinal de vida ou esperança, de espíritos abandonados de si mesmos.

Hoje, ao passar por ali, meus olhos não conseguiram ignorar o que se revelava diante de mim: homens e mulheres espalhados pelo chão, envoltos em cobertores rotos e plásticos, mergulhados num sono que parecia transcender o cansaço físico exalando o cheiro típico que impregna as narinas. Dormiam ao meio-dia, como se o próprio tempo já não tivesse sentido. Para mim, por um breve e doloroso instante, eles não eram mais corpos adormecidos, mas cadáveres – testemunhas vivas de uma sociedade que os abandonou, condenados a vagar entre o presente e o esquecimento ou foram eles que abandonam a vida na sociedade para criar a sua própria sem rotina, obrigações sociopoliticoculturais e preocupações.

Aqueles homens e mulheres, sem endereço, sem nome, sem um lugar para serem ouvidos, a não ser os gritos mudos, os gemidos soturnos ou o choro sob os tecidos oleosos de sua própria transpiração. É! Estavam ali, não pertencendo a lugar algum e, ao mesmo tempo, ocupando todos os espaços. Eles fazem parte de uma paisagem que a cidade se recusa a reconhecer, uma ferida exposta que parece estar sempre à margem da visão coletiva, um reflexo da miséria que não escolhe rosto, idade ou gênero. São vítimas de um sistema que lhes prometeu dignidade, mas entregou abandono ou eles não creem mais nesta dignidade hipócrita de palavras bonitas e ações dúbias, disforme, transfiguradas.

Essa praça, que além de Santos Andrade tem a lembrança da saudosa Lala Schneider, que é praticamente o Hall do Teatro Guaira. Praça que em outros tempos poderia ser vista como um espaço de convívio e lazer, transformou-se em uma morada improvisada de sobreviventes urbanos ou como alguns citam como Zumbis das marquises. Sobreviventes de um mundo que os esqueceu, de políticas que não lhes deram voz, de promessas de inclusão que nunca se concretizaram. E sobre viventes que são ao escolherem a margem de tudo que não os representa, de tudo que lhes cabe em sacolas plásticas ou no carrinho surrupiado do supermercado local.
Para eles, o sol não é sinônimo de vida, mas um relógio implacável que mede as horas entre a fome e o frio da noite, entre os trocados, a marmitas ganha, o corote que queima a garganta e as drogas, a estas fazem tudo, tudo mesmo. A praça é o seu túmulo em vida, onde enterram diariamente o que lhes resta de humanidade.

A vida nesses canteiros seca junto com as flores. As árvores testemunham em silêncio, enquanto a cidade passa apressada, fingindo não ver, eles ora e outra afrontam os passantes com ranger de dentes e palavrões. Essa apatia coletiva ecoa o verdadeiro abandono social: a falta de moradia, a fome, o vício, a ausência de oportunidades.
O abandono  político: onde são a plantinha do vaso que quanto mais seca e sem vida mais ganhos vai ter na sua árvore de parquinho onde nenhuma ação acontece apenas palavras, palavras bonitas, mentiras bonitas...
O espaço que deveria ser de todos é, na verdade, um reflexo da exclusão, da invisibilidade forçada daqueles que não têm mais como clamar por seus direitos porque se auto excluiram dos direitos com medo dos deveres.

E o mais doloroso de tudo isso é perceber que a miséria, aqui, não é apenas material. Ela é também uma miséria do espírito, uma desolação da alma. A miséria humana transcende o corpo que adoece e morre, ela corrói a esperança, destrói a identidade e apaga a existência. Esses homens e mulheres, ao se deitarem em plena luz do dia, de alguma forma, estão sendo sepultados pelos olhares indiferentes de quem passa. Suas vidas, já roubadas pelo abandono, são enterradas pela falta de empatia.

A Praça dos Mortos não é apenas um cenário, é um símbolo de um fracasso muito maior: o nosso fracasso enquanto sociedade, enquanto vivência comum. Fracassamos em olhar para esses homens e mulheres como seres humanos. Fracassamos em criar políticas públicas verdadeiras que lhes dessem oportunidades reais de recomeçar. Fracassamos em construir uma rede de proteção social que os impedisse de cair no abismo da indigência.
Do nosso medo, nojo e indiferença.

No entanto, apesar de toda essa escuridão, há um eco de resistência. Cada uma dessas almas, mesmo na inércia de seus corpos, carrega uma história de luta de viver, para viver. Estão mortos para a cidade, mas vivos em seus conflitos internos, remoendo suas históriase seus medos. Vivem à margem, mas respiram. E isso, por mais trágico que pareça, é um ato de revolta. Um grito silencioso que denuncia o colapso de um mundo que privilegia o lucro em detrimento da vida... Em contrapartida o desejo incontrolável de que o estado lhe sustente em tudo, sem perceber que o estado nada produz a não ser taxas e dívidas imensuráveis.

A Praça dos Mortos não deveria existir. Mas enquanto ela continuar ali, enquanto aqueles corpos seguirem dormindo ao meio-dia, estaremos falhando como seres humanos. Esses mortos-vivos são nosso espelho mais cruel, revelando o quanto nos distanciamos da compaixão, da solidariedade, da empatia pelo nosso próximo sem nem mesmo perceber que no amanhã um destes mortos desanimado com a dor, raiva, percalços possa ser eu...

Sou Abilio Machado🎅, espero que goste deste texto, escrito aqui na sala de espera do ambulatório do hospital.

Paz profunda ✌ 🙏 🙌 🎅



terça-feira, 10 de setembro de 2024

É Preciso Passar Pelo Gersêmani Para a Exaltação? Reflexão Sobre Dor e Glória.

 





É Preciso Passar pelo Getsêmani para a Exaltação? Uma Reflexão Sobre Dor e Glória

Por Abilio Machado 

No discurso proferido pelo Elder Bruno Costa, a frase "Para a exaltação é preciso passar pelo Getsêmani" provoca uma profunda reflexão espiritual. A frase, ao fazer referência ao Jardim do Getsêmani, local onde Jesus Cristo passou por extrema agonia antes de sua crucificação, traz à tona a ideia de que o sofrimento e a dor são partes inevitáveis do caminho para a exaltação ou, em termos mais simples, a elevação espiritual e a aproximação com Deus.


O Significado de "Passar pelo Getsêmani"

Para os cristãos, o Getsêmani simboliza um momento de extrema prova e sofrimento. Foi lá que Cristo, em profunda angústia, orou ao Pai, pedindo para que o "cálice" do sacrifício lhe fosse retirado, mas, ao final, aceitou a vontade divina: "Todavia, não se faça a minha vontade, mas a tua" (Lucas 22:42). Isso nos faz pensar: seria esse o destino de todos os que buscam a exaltação? Será que, para alcançar um nível superior de compreensão e crescimento espiritual, é preciso passar pela dor e pelo sacrifício?


A Relação Entre Dor e Crescimento

Muitas tradições espirituais, além do cristianismo, ensinam que o sofrimento pode ser uma fonte de aprendizado. Há um provérbio popular que diz: "O que não me mata, me fortalece." A experiência de passar por dificuldades frequentemente traz consigo uma lição, um amadurecimento, uma nova visão sobre o que realmente importa na vida.


- *O Getsêmani Pessoal:* Cada indivíduo, em sua jornada espiritual, passa por momentos que podem ser comparados ao Getsêmani. Seja uma perda significativa, uma doença, desafios no trabalho ou nos relacionamentos, essas experiências podem nos levar a questionar o propósito da dor. Elas testam nossa fé e nossa capacidade de confiar no plano divino, assim como Cristo fez no Jardim.


No entanto, é importante perguntar: será que sempre precisamos de dor para crescer? Ou seria possível atingir níveis de exaltação através de outras formas de aprendizado, como o amor, a compaixão e a alegria?


A Dor é Necessária para a Exaltação?

A doutrina cristã, principalmente no contexto das escrituras, ensina que Cristo, através de seu sacrifício, abriu as portas da salvação para toda a humanidade. Sua exaltação veio após o sofrimento, e muitos acreditam que, ao seguirmos Seu exemplo, também devemos enfrentar nossos próprios momentos de dor.


Entretanto, nem todos os teólogos e pensadores concordam que o sofrimento é a única via para o crescimento espiritual. Alguns acreditam que o aprendizado pode vir através da observação, da meditação, do serviço ao próximo e da gratidão. Essas práticas também podem conduzir à exaltação, sem que seja necessário passar por grandes sofrimentos físicos ou emocionais.


Questionamentos Importantes

Ao refletirmos sobre a frase de Elder Bruno Costa, surgem algumas questões que valem a pena serem ponderadas:


1. O sofrimento é inerente à jornada espiritual?

   - Será que todos nós precisamos passar por grandes desafios para alcançar nossa exaltação, ou há outras formas de crescimento?

  

2. Qual o papel da fé durante o sofrimento?

   - Como a fé nos ajuda a suportar o "Getsêmani" pessoal? Ela pode transformar o sofrimento em algo redentor?


3. A exaltação pode ser atingida sem sofrimento?

   - Será que práticas de amor, caridade e devoção são suficientes para atingir um nível elevado de espiritualidade?


4. Como vemos o sofrimento dos outros?

   - Quando olhamos para o sofrimento alheio, será que julgamos que esse sofrimento é necessário para seu crescimento, ou podemos agir para aliviar a dor dos outros?


 O Caminho da Exaltação

A frase "Para a exaltação é preciso passar pelo Getsêmani" nos convida a refletir sobre o papel do sofrimento em nossa jornada espiritual. Embora muitas tradições apontem que o crescimento vem através da dor, é importante também considerar que outras formas de aprendizado e elevação espiritual existem.


Cada pessoa trilha seu próprio caminho, e o Getsêmani de cada um é diferente. A pergunta que fica é: estamos prontos para enfrentar esses momentos difíceis com fé e confiança no propósito divino, ou preferimos buscar formas de crescimento que envolvem mais amor, compreensão e gratidão? Seja qual for a resposta, o importante é lembrar que, no final, a exaltação não é alcançada por meios específicos, mas por uma vida de dedicação àquilo que é mais elevado e nobre.

quarta-feira, 4 de setembro de 2024

O Movimento Woke como Fonte de Destruição da Moral, da Família e do Indivíduo Sociopolíticocultural

 



O "Woke" como Fonte de Destruição da Moral, da Família e do Indivíduo Sociopolíticocultural

por Abilio Machado 

O termo "woke" surgiu originalmente como uma expressão de alerta e conscientização em relação às injustiças sociais, especialmente as que envolvem questões raciais. No entanto, com o passar do tempo, o conceito foi se ampliando e se transformando, assumindo um caráter ideológico que muitos acreditam estar corroendo os alicerces fundamentais da sociedade: a moral, a família e o indivíduo enquanto ser sociopolítico e cultural.

Destruição da Moral

A moral, que por séculos foi sustentada por valores e princípios éticos compartilhados, tem sido progressivamente enfraquecida pela agenda woke. Em nome de uma suposta justiça social, valores tradicionais são frequentemente taxados de opressores, e práticas outrora condenáveis são normalizadas. Esse relativismo moral acaba por confundir o que é certo e errado, deixando a sociedade à mercê de modismos ideológicos que não necessariamente refletem o bem comum.

Fragmentação da Família

A família, tradicionalmente vista como a base da sociedade, também sofre os impactos dessa ideologia. O conceito de família nuclear é frequentemente atacado por movimentos woke, que promovem a desconstrução de estruturas familiares tradicionais em prol de novas formas de convivência. Embora a diversidade de modelos familiares deva ser respeitada, a demonização da estrutura familiar tradicional como um bastião de opressão é um exemplo de como o woke pode minar uma instituição essencial para o desenvolvimento saudável dos indivíduos e da sociedade como um todo.

A Crise do Indivíduo Sociopolíticocultural

Por fim, o indivíduo sociopolítico e cultural se vê em uma crise de identidade dentro desse contexto. O movimento woke frequentemente enfatiza a coletivização das identidades, promovendo a ideia de que o valor de uma pessoa é inerentemente ligado ao grupo ao qual pertence, seja por raça, gênero ou orientação sexual. Essa visão ignora a individualidade e a capacidade de escolha pessoal, impondo rótulos e papéis que nem sempre correspondem às experiências ou desejos do indivíduo. A pressão para se conformar a essas novas normas sociais pode levar à alienação, à perda de autonomia e ao enfraquecimento da coesão social.



Minha simples opinião enquanto o movimento woke possa ter nascido de uma legítima preocupação com a justiça social, sua evolução ideológica, mixegenada com política exclusivismo tem trazido consigo consequências preocupantes para a moral, a família e o indivíduo sociopolítico e cultural. O desafio contemporâneo é encontrar um equilíbrio que permita a justiça e a igualdade sem sacrificar os valores fundamentais que sustentam uma sociedade coesa e saudável, como não extinguir o indivíduo como aconteceu com os dinossauros e posteriori com várias raças e culturas ao longo dos séculos.


Leia meu livro digital (por enquanto) Agenda Woke , em breve na amazon.com.br. 

domingo, 1 de setembro de 2024

QUE TIPO DE ENERGIA VOCÊ TRANSMITE?

 

QUE TIPO DE ENERGIA VOCÊ TRANSMITE?


Se você tivesse ímãs presos a você em todos os lugares, você poderia esperar que algumas coisas grudassem em você, outras fugissem de você e outras não fossem afetadas.


De certa forma, é isso que acontece na vida.  Inconscientemente você transmite sua energia.  Algumas de suas qualidades são magnéticas e outras são repelentes.  Você atraiu para si tudo e todas as pessoas em sua vida.  A vibração que você emite é composta de sua energia consciente e inconsciente, parte repelente, parte magnética e parte neutra.  A lei por trás disso é aquela que diz: atraímos o que é semelhante a nós.


Atraímos pessoas e situações para nossas vidas que têm vibrações semelhantes às nossas.  Qualidades negativas como dificuldades, desespero, depressão, grosseria ou descuido levam a uma frequência baixa.  Se possuímos algum desses elementos em nossa natureza, vamos magnetizar alguém de energia semelhante para nossa vida.  Qualidades como amor, bondade, alegria, deleite ou generosidade transmitem energia de alta frequência e também magnetizam pessoas de energia semelhante.  O universo nos oferece espelhos para que possamos nos contemplar neles, olhar ao seu redor e observar os personagens que o cercam.  Eles estão desempenhando um papel no jogo de sua vida por uma razão.  Quanto mais veementemente negamos que somos como ímãs para um certo tipo de pessoa ou situação, mais nosso Eu Superior nos pede para olharmos atentamente para nossa sombra.  O desespero é algo que repele.


Quando alguém está desesperado por um parceiro, outros percebem esse desespero em um nível sutil e vão embora.  Quando você troca essa energia por uma que é amorosa, aberta e receptiva, você atrai a pessoa certa.  A lei da atração funciona em diferentes áreas.  Se você não está em harmonia com a vida, pode atrair alimentos que fazem você se sentir mal.  Se você tem pensamentos autocríticos, está atacando a si mesmo.  Você pode atrair mosquitos que picam você.  Eles estão servindo como um espelho para a energia que você está emitindo.  Se você está enterrando a raiva, pode atrair um ataque.  Se você tem pensamentos negativos, você atrai pessoas e situações negativas.  


Se você estiver com problemas de saúde, no momento em que estiver pronto para deixá-la ir, atrairá o curador perfeito para sua vida.  Se você deseja que um projeto seja bem-sucedido, mas esconde sentimentos de tédio, ou se está com medo ou cansado, a energia subjacente neutralizará o sucesso do projeto.  Sempre que algo não se manifestar como você espera, examine seus sentimentos enterrados e mude-os.  Então magnetize o que você quer.


O interior atrai o exterior.  Se algo em seu mundo exterior não é como você deseja, olhe para dentro e mude a maneira como você se sente em relação a si mesmo.  Então você atrairá automaticamente pessoas e experiências diferentes para você.  Se você se colocar para baixo e achar que não é bom o suficiente, atrairá uma pessoa abusiva que fará o mesmo com você.


Lembre-se de suas boas qualidades e magnetize alguém que aprecie você.  Não libere energia negativa ou pense em atrair qualquer desastre para si mesmo.  Irradie luz positiva e confie que um milagre virá em seu caminho.

Você é como um ímã: você atrai o que é semelhante a você.

Por Despertar o Divino

A incrivel mania (teimosia) do indivíduo em não aceitar a crença e a fé do outro !

 


A busca incessante do ser humano para provar que a sua crença é a verdadeira e superior às demais tem sido um dos fatores históricos mais significativos na formação de conflitos e guerras. Esta atitude, enraizada profundamente nas complexidades da psicologia humana, religião, e dinâmica social, levanta uma série de questões sobre a natureza do homem e a necessidade de validar suas próprias convicções a qualquer custo.


 A Necessidade de Validação Pessoal e Social


Primeiramente, o desejo de provar que a própria crença é a verdadeira pode estar ligado à necessidade fundamental de validação. A crença, seja religiosa, filosófica ou ideológica, é frequentemente uma parte central da identidade de um indivíduo. Quando essa crença é questionada ou confrontada por outras, o indivíduo pode sentir que a sua própria identidade está sob ameaça. Nesse contexto, provar que a sua crença é a correta se torna um mecanismo de defesa, uma forma de reafirmar a sua identidade e encontrar segurança em um mundo incerto.


Além disso, a validação não é apenas pessoal, mas também social. Em muitas culturas e comunidades, a adesão a uma crença comum fortalece os laços sociais e cria um senso de pertencimento. Quando essa crença é desafiada por outra, o grupo pode ver isso como uma ameaça à sua coesão e, por extensão, à sua sobrevivência. Isso pode levar a uma reação defensiva, na qual o grupo procura não apenas afirmar a superioridade da sua crença, mas também suprimir ou eliminar crenças concorrentes.


 O Medo do Desconhecido e da Alteridade


Outro fator importante é o medo do desconhecido e da alteridade. A humanidade, ao longo da história, demonstrou uma tendência a temer e desconfiar do que é diferente. Crenças diferentes podem ser vistas como um desafio não apenas ao sistema de valores de uma pessoa ou grupo, mas também ao seu entendimento fundamental da realidade. Esse medo pode gerar uma necessidade quase instintiva de eliminar ou converter o “outro” para restabelecer uma sensação de ordem e segurança.


Esse medo do desconhecido também pode se manifestar como uma recusa em aceitar que a verdade pode ser multifacetada ou subjetiva. Muitos sistemas de crenças são baseados na premissa de que existe uma verdade absoluta e universal, e a ideia de que outras crenças possam ser igualmente válidas pode ser profundamente perturbadora. Assim, a insistência em provar que a própria crença é a verdadeira pode ser uma tentativa de evitar o desconforto psicológico de enfrentar a complexidade e a diversidade da experiência humana.



Poder e Controle


A questão do poder também não pode ser ignorada. Ao longo da história, líderes religiosos, políticos e sociais têm utilizado a crença como uma ferramenta para exercer controle sobre as massas. Provar que uma crença é a verdadeira frequentemente se traduz em consolidar poder e influência, seja sobre uma comunidade, uma nação ou até mesmo o mundo. Guerras e desavenças muitas vezes têm menos a ver com a pureza da crença em si e mais com os interesses de poder que se ocultam por trás dela. Ao conquistar ou suprimir outras crenças, os líderes podem reforçar a sua posição de autoridade e expandir seu domínio.


 Ignorância e Fanatismo


A ignorância e o fanatismo também desempenham um papel crucial nesse fenômeno. Quando uma pessoa ou grupo é profundamente ignorante sobre as crenças e valores dos outros, é fácil desumanizar e demonizar aqueles que pensam diferente. Esse processo de desumanização facilita a violência, já que o “outro” é visto como menos digno de respeito ou mesmo de vida. O fanatismo, por sua vez, é uma forma extrema de convicção que não admite questionamento ou dúvida. Para o fanático, não há espaço para compromissos ou convivência pacífica com aqueles que não compartilham da sua visão de mundo.


Em última análise, a insistência do ser humano em provar que sua crença é a verdadeira, ao custo de ignorar ou rejeitar a crença do outro, está enraizada em uma combinação complexa de fatores psicológicos, sociais, culturais e políticos. O desejo de validação, o medo do desconhecido, a busca por poder e a ignorância alimentam a intolerância e o conflito. Enquanto esses impulsos permanecerem, as desavenças e as guerras continuarão a ser uma parte trágica, mas inescapável, da experiência humana. Para transcender esse ciclo, é necessário cultivar o entendimento, a empatia e a aceitação da diversidade de crenças, reconhecendo que a verdade pode ser mais ampla e inclusiva do que qualquer sistema de crenças isolado possa abarcar.



Opinião 

Atacar ou rejeitar a crença do outro pode ser entendido como uma forma de autoafirmação e validação pessoal ou coletiva. Quando uma pessoa ou grupo se sente inseguro ou ameaçado em relação à própria identidade ou crença, a necessidade de reafirmar essa identidade pode levar à tentativa de desqualificar ou eliminar crenças diferentes. Esse comportamento serve como uma maneira de proteger e fortalecer o próprio senso de segurança e pertencimento, garantindo que a visão de mundo na qual a pessoa ou o grupo se apoia permaneça intacta e incontestada.


Em outras palavras, ao invalidar ou atacar a crença do outro, o indivíduo ou grupo está, de certa forma, reafirmando a própria posição e identidade, muitas vezes na tentativa de suprimir qualquer dúvida interna ou externa sobre a legitimidade da sua própria crença. Isso pode ser visto como um reflexo de insegurança, onde a aceitação de outras perspectivas é vista como uma ameaça que deve ser neutralizada para manter o equilíbrio interno e a coesão social.


Atacar ou desrespeitar o outro por causa de diferenças de crença é não apenas insano, mas também uma grande perda de tempo e energia. A história nos mostra que essas atitudes frequentemente resultam em sofrimento, conflitos e destruição, sem que nada de verdadeiramente positivo seja alcançado.


Quando as pessoas se recusam a respeitar as crenças dos outros, elas fecham as portas para o diálogo, para o aprendizado mútuo e para a construção de uma sociedade mais inclusiva e harmônica. O desrespeito e a intolerância alimentam divisões, enquanto o respeito e a compreensão têm o potencial de unir as pessoas, mesmo em meio às suas diferenças.


No fundo, cada pessoa tem o direito de ter suas próprias crenças, desde que essas crenças não sejam usadas para justificar o dano aos outros. O respeito mútuo é o alicerce para a convivência pacífica e para o progresso coletivo. Investir em diálogo, empatia e aceitação é muito mais produtivo e enriquecedor do que se engajar em confrontos que, no fim das contas, não trazem nenhum benefício real. 


É a capacidade de respeitar e valorizar a diversidade de pensamentos e crenças que nos permite evoluir como indivíduos e como sociedade. Isso sim é uma demonstração de verdadeira força e maturidade.


Abilio Machado Psicoarteterapeuta e PG em Docência em Filosofia e Teologia entre outras