segunda-feira, 28 de abril de 2025

Jenny a gata...

 


A maioria das pessoas conhece a trágica história do Titanic, mas poucos ouviram falar de Jenny,  a gata que vivia no navio e que, provavelmente, foi a única criatura a bordo que pressentiu o que estava por vir.


Jenny não era uma gata qualquer. Ela era a caçadora oficial de ratos do Titanic, levada a bordo para controlar a população de roedores. Durante os testes de mar do navio, ela deu à luz uma ninhada de filhotes e foi carinhosamente cuidada por um funcionário chamado Jim Mulholland.


Jim fez um ninho aconchegante para ela e os filhotes perto da cozinha do navio, próximo ao calor das caldeiras. Ele até dividia restos de comida com ela durante os intervalos, e essa rotina silenciosa lhe trazia paz em meio ao caos dos preparativos para a viagem inaugural do navio mais luxuoso da história.


Mas algo estranho aconteceu.


Alguns dias antes da partida do Titanic de Southampton para Nova York, o comportamento de Jenny mudou. Ela ficou inquieta. E então sem nenhum aviso começou a pegar seus filhotes, um por um, segurando-os suavemente pela nuca… e a tirá-los do navio.


Desceu pela rampa. Várias vezes. Até que todos os filhotes estavam seguros em terra firme.


Jim ficou parado, observando. E naquele momento, algo fez sentido.


“Essa gata sabe de algo… algo que nós não sabemos.”


Confiando em sua intuição ou talvez na dela, Jim arrumou suas coisas e discretamente deixou o navio. Nunca mais voltou a bordo.


O Titanic partiu sem ele.


Todos sabemos o que aconteceu depois.


Anos depois, Jim, já idoso, contou essa história a um jornalista. Ele atribuiu à Jenny o fato de ter salvado sua vida. Seu instinto antigo, silencioso e firme, talvez tenha sido o único aviso verdadeiro que alguém recebeu.


Às vezes, os heróis não usam uniformes.

Às vezes, eles têm pelos, bigodes e um coração que simplesmente sabe...

sexta-feira, 25 de abril de 2025

A raposa e as pulgas...

 


Dizem que a raposa se livra das pulgas de uma forma muito particular.

Aproxima-se lentamente da água e começa a mergulhar, pouco a pouco. Pulgas, desconfortáveis, começam a subir cada vez mais alto... até se reunirem todas no seu focinho.

Então, a raposa mergulha completamente.

E pronto.

As pulgas desaparecem.


Assim também acontece quando uma pessoa forte passa por momentos difíceis.


Pouco a pouco os amigos a abandonam.

Os conhecidos desaparecem.

Desaparecem aqueles que eu ajudava, que alimentava com energia, tempo, generosidade.


Até os parentes vão embora.

Parceiros, colegas, colegas de anos de trabalho — todos se afastam.

E a pessoa forte fica sozinha... nas águas frias da adversidade.

Triste. Vazio. Confusa.


Até Aristóteles sentiu essa solidão.

No seu momento mais difícil — não lhe sobrou nenhum amigo.


Mas sabes que mais?

Eram pulgas.

Parasitas disfarçados de amizade.

Eles se alimentavam de você, encontravam abrigo sob sua pele — com respeito eu digo.


E quanto mais longo for o inverno da sua vida, mais parasitas flutuarão pela correnteza.


Esse é o presente oculto de um mau momento.

Um “menos” que na verdade é um “mais”:

Estás a limpar-te.

Você está se curando.

Você está recuperando energia.


Não se arrependa de quem vai embora quando você cai.

Agradeça por finalmente ver quem é quem.

E como a raposa... saia da água mais forte, mais limpo, mais você.

Mary Fields e o velho oeste

 Quando pensamos no Velho Oeste, muitas vezes imaginamos cowboys brancos, duelos ao amanhecer e cavalos galopando. 



Mas há uma história menos contada... e profundamente inspiradora. 


As cowgirls negras desempenharam um papel crucial na formação do Oeste americano. 


Muitas eram filhas de pessoas que foram escravizadas e, em um mundo que lhes oferecia pouco ou nada, elas abriram seu caminho por meio da força, da coragem e do trabalho incansável. 


Essas mulheres não eram apenas habilidosas amazonas. Elas também conduziam gado, marcavam gado, consertavam cercas, participavam de rodeios e faziam tudo o mais que se esperava de um cowboy... e muito mais. 


Uma delas foi Mary Fields, apelidada de “Stagecoach Mary”, que se tornou uma lenda por ser a primeira mulher afro-americana a trabalhar como motorista de diligência em Montana. Armada, determinada e imparável, Mary quebrou barreiras em uma profissão dominada por homens. 


Cowgirls negras construíram comunidades, cuidaram da terra e deixaram uma marca indelével na cultura pecuária ocidental. Seu legado é reconhecido hoje como uma parte vital da história afro-americana e da história americana. 


Embora tenham ficado escondidos por décadas, sua coragem e espírito pioneiro vivem na memória daqueles que lutam por uma história mais completa e justa. 


(Retirado da rede)

quinta-feira, 24 de abril de 2025

Por que a musica se chama Bohemian Rhapsody?


 POR QUE A MÚSICA SE CHAMA BOHEMIAN RHAPSODY?...


POR QUE DURA EXATAMENTE 5 MINUTOS 55 SEGUNDOS?... DE QUE REALMENTE TRATA ESSA MÚSICA?... POR QUE O FILME DA QUEEN ESTREIA NO DIA 31 DE OUTUBRO?


O filme estreou em 31 de outubro porque o single foi ouvido pela primeira vez em 31 de outubro de 1975. Chama-se assim porque uma "Rapsódia" é uma peça musical livre composta em diferentes partes e temas onde parece que nenhum lugar tem relação com o outro. A palavra "rapsodia" vem do grego e significa "partes montadas de uma canção". A palavra "bohemian" refere-se a uma região da República Checa chamada Boêmia, local onde nasceu Fausto, o protagonista da obra que leva o seu nome escrita pelo dramaturgo e romancista Goethe. Na peça de Goethe, Fausto era um idoso muito inteligente que sabia tudo menos o mistério da vida. Ao não entender, decide envenenar-se.


Logo nesse instante, os sinos da igreja tocam e sai para a rua. De volta para o seu quarto, encontra-se um cachorro. O animal se transforma em uma espécie de homem. É sobre o diabo Mefistófeles. Este, promete a Fausto viver uma vida plena e não ser infeliz em troca da sua alma. Fausto acede, rejuvenesce e fica arrogante. Conhece a Gretchen e eles têm um filho. Sua esposa e filho morreram. Fausto viaja no tempo e no espaço e se sente poderoso. Ao envelhecer novamente, sente-se infeliz de novo. Como ele não quebrou o pacto com o diabo, os anjos disputam sua alma. Este trabalho é essencial para compreender Bohemian Rhapsody.


A música fala do próprio Freddie Mercury. Sendo uma rapsódia encontramos 7 partes diferentes:


1o e 2o ato A Capella

3o Ato Balada

4o ato de guitarra solo

5o Ato de Ópera

6o Ato Rock

7o ato "Coda" ou ato final


A música fala de um pobre rapaz que se questiona se essa vida é real ou é sua imaginação distorcida que vive outra realidade. Diz que mesmo que ele pare de viver, o vento continuará soprando sem a existência dele. Então ele faz um acordo com o diabo e vende a alma dele.


Ao tomar essa decisão, corre para contar à mãe dela e diz...

“Mãe, acabei de matar um homem, apontei uma arma na cabeça dele e agora ele está morto. Joguei minha vida fora. Se eu não voltar amanhã siga em frente como se nada importasse... ” Esse homem que mata é ele mesmo, o próprio Freddie Mercury.


Se não cumprir o pacto com o diabo, morrerá imediatamente. Despede-se de seus entes queridos e sua mãe cai em lágrimas, lágrimas e choro desesperado que vem das notas de guitarra de Brian May. Freddie, assustado grita "mãe eu não quero morrer" e começa a parte operística. Freddie encontra-se num plano astral onde se vê a si mesmo: "I see a pequeno silhoutte of a man" (eu vejo a pequena silhueta de um homem).. "Scaramouche, você vai montar uma disputa/luta?


Scaramouche é "escaramuça" uma disputa entre exércitos com cavaleiros a cavalo (4 cavaleiros do Apocalipse do Mal lutam contra as forças do bem pela alma de Freddie) e continua dizendo "Thunderbolt and lightning very very frightening me" (trovões e relâmpagos me assustam demais). Essa frase aparece na Bíblia, exatamente em Jó 37 quando diz... "the thunder and lightning frighten me: my heart pounds in my chest" (o trovão e o relâmpago me assustam: meu coração bate no peito). Sua mãe ao vê-lo tão assustado com a decisão que seu filho tomou, implora que o salve do pacto com Mefistófeles. "Ele é apenas um pobre rapaz... “Perdoe sua vida desta monstrosidade. O que vem fácil, fácil vai, você vai deixá-lo ir? " as suas súplicas são ouvidas e os anjos descem para lutar contra as forças do mal. "Bismillah (palavra árabe que significa "Em nome de Deus") é a primeira palavra que aparece no livro sagrado dos muçulmanos, o Alcorão. Então, o próprio Deus aparece e grita: "Não te abandonaremos, deixe-o ir".


Diante de tal confronto entra as forças do bem e do mal, Freddie teme pela vida da sua mãe e diz-lhe "Mamã mia mia deixe-me ir" (mãe, deixe-me ir). Eles voltam a gritar do céu que não vão abandoná-lo e Freddie grita "não, não, não, não, não" e diz "Belzebu (o Senhor das Trevas) é possível que eu tenha colocado um diabo contigo, mãe". Freddie presta aqui homenagem a Wolfgang Amadeus Mozart e Johann Sebastian Bach quando canta... "Figaro, Magnifico" referindo-se a "As Bodas de Figaro" de Mozart, considerada a melhor ópera de todos os tempos, e ao "Magnificat" de Bach. Termine a parte operística e arromba a parte mais roqueira. O diabo, furioso e traído por Freddie ao não cumprir o pacto, diz-lhe "Achas que podes me insultar desta maneira? Achas que podes vir ter comigo e depois me abandonar? Achas que podes amar-me e deixar-me morrer? ”


É chocante como o senhor do mal se sente impotente perante um ser humano, perante o arrependimento e o amor. Perdida a batalha, o diabo vai embora e chega-se ao último ato ou "coda" onde Freddie está livre e essa sensação o conforta. Toca o gongo que fecha a música. O gongo é um instrumento usado na China e no extremo Oriente asiático para curar pessoas que estão sob o efeito de espíritos malignos.


5:55 minutos dura. Freddie gostava de astrologia e o 555 em numerologia está associado à morte, não física, mas espiritual, o final de algo onde os anjos te protegerão. 555 está relacionado com Deus e divino, um fim que dará início a uma nova etapa.


E a música toca na véspera dos Santos pela primeira vez. Um feriado chamado Samhain pelos celtas para celebrar a transição e abertura para o outro mundo.


Os celtas acreditavam que o mundo dos vivos e dos mortos estavam quase unidos, e no dia dos mortos ambos os mundos se uniam permitindo que os espíritos transitassem para o outro lado. Nada em Bohemian Rhapsody é casual.


Tudo é muito medido, trabalhado e tem um sentido que transcende além de ser uma simples canção. Foi eleita mundialmente a melhor música de todos os tempos.


Este tema mudou radical em Queen como se realmente tivesse feito um pacto com Deus e mudou a vida deles para sempre e os tornou imortais.


[Escrito por Jorge Palazón, Madrid, Espanha]

quarta-feira, 23 de abril de 2025

O Livro Esquecido na Estante

 


Crônica de Abilio Machado 

Era uma vez um livro aberto. Metáfora viva do pensamento humano, da conversa entre o que se vive e o que se imagina. Durante anos, foi rei da casa: disputado, relido, citado nas mesas de jantar. Tinha cheiro de papel novo, páginas marcadas com lápis, frases sublinhadas como quem sublinha o que não se quer esquecer da vida. Era o auge.

Depois vieram as telas, os ruídos curtos, a pressa. O livro, que antes era companhia diária, virou decoração. Testemunha muda do abandono. Ficou ali, firme na estante, empilhado entre memórias que ninguém mais lê.

Mas um livro nunca está só. Ele carrega vozes. E ler é entrar em contato com todas elas — com o modo como outros pensaram, sentiram, descreveram o mundo. Quem lê aprende a reconhecer sutilezas, a nomear o que sente, a pensar com mais precisão. Ler amplia o repertório da linguagem, e com ele, o repertório do pensamento. Porque só conseguimos pensar até onde conseguimos dizer.

No fundo, abandonar o livro é um pouco como calar o mundo. E calar o mundo é empobrecer a própria escuta. Quem lê entende melhor os outros. E, no processo, entende melhor a si mesmo.

Ainda há tempo. Basta abrir a capa de um livro esquecido. Porque o livro pode ter sido esquecido — mas nunca se esquece de como fazer a gente lembrar.


Conheça meus títulos na amazom.com.br 

Autor Abilio Machado 

Títulos de Psicoarteterapia,  Romances, Teatro, Poesias e Histórias Infantis.

terça-feira, 22 de abril de 2025

O Último AMÉM de Francisco!


 O último Amém de Francisco


Na manhã em que a Praça de São Pedro ecoou o “Aleluia” da Páscoa, ninguém imaginava que aquela bênção seria sua despedida. Aos 88 anos, Papa Francisco fechou os olhos para o mundo terreno pouco após proclamar a ressurreição de Cristo. Uma saída simbólica, quase poética, para um pontífice que fez da fé um gesto vivo, cotidiano — e muitas vezes desconfortável para os donos da tradição.


Jorge Mario Bergoglio, o jesuíta argentino que recusou os palácios do Vaticano e preferiu viver num quarto simples, fez história desde o primeiro “boa noite” na sacada da Basílica, em 2013. Não foi um papa de gestos apenas simbólicos — foi um líder que, com frases simples e firmes, empurrou a Igreja alguns passos à frente do tempo que ela mesma teme acompanhar.


“Quem sou eu para julgar?” não foi só uma frase sobre homossexualidade — foi um terremoto de misericórdia num edifício habituado à rigidez. Francisco incomodou os conservadores, provocou cardeais, aproximou-se dos pobres, lavou os pés de imigrantes, e falou do aquecimento global enquanto ainda havia quem o negasse.


Muitos o chamaram de progressista, como se isso fosse um pecado. Mas Francisco preferia ser chamado de pastor. E foi: entre as trincheiras da desigualdade, nas fronteiras onde os refugiados afundavam no mar, e nos corredores silenciosos onde a fé parecia sufocada pelo escândalo.


Sua morte, ocorrida logo após a bênção de Páscoa, parece um aceno final. Um gesto silencioso dizendo que cumpriu o que tinha de cumprir. Morreu como viveu: em meio ao povo, com a liturgia nas mãos e o olhar voltado para o alto — e para os últimos da fila.


Agora, o mundo se despede. Não só de um papa, mas de uma voz que insistiu em lembrar que fé sem compaixão é só discurso vazio. E que a Igreja, para continuar viva, precisa se parecer mais com Cristo do que com o poder.



Seu corpo já está preparado, em caixão vestido em túnica vermelha, com a tradicional mitra a cabeça,  receberá visitantes fiéis no decorrer dos dias e será sepultado no próximo sábado,  26.


Que repouse em paz, Francisco. E que a Igreja não se esqueça do que ele ousou lembrar.

Oro para que Deus em sua infinita bondade lhe conceda os Portões Celestiais abertos para que adentre aos Jardins Eternos do Reino, sem dores, sem medos ou apegos terrenos.

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Sou Abilio Machado, um membro de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias e que por alguns anos fui coordenador do Ministério Cênico Angelo's Marianos e presidente da Juventude Marial Vicentina (JMC) em Campo Largo- Paraná.


segunda-feira, 21 de abril de 2025

22 de abril: Entre caravelas e contradições

 


22 de abril: Entre caravelas e contradições

Em 22 de abril de 1500, uma esquadra portuguesa avistou terras tropicais após semanas no Atlântico. Era o início de um capítulo decisivo da história do Brasil — o “descobrimento”, como se convencionou chamar, embora essa terra já fosse habitada por milhões de indígenas com culturas e línguas próprias. A chegada de Pedro Álvares Cabral, registrada na carta de Pero Vaz de Caminha, marcou o início de cinco séculos de transformações, disputas, violência e reinvenções.

Hoje, 525 anos depois, o Brasil continua sendo esse território de promessas e impasses. Já não se fala em exploração do pau-brasil ou da cana-de-açúcar, mas a lógica extrativista ainda pulsa no desmatamento da Amazônia e na exploração de minérios. A velha prática de concentrar riqueza e poder nas mãos de poucos também resiste — com outro sotaque, outras ferramentas, mas a mesma essência.

No plano sociopolítico, o país atravessa mais uma fase turbulenta. As instituições funcionam, mas sob tensão constante. O Congresso e Senado, hiperfragmentados, negociam cada passo, com uma omissão às ações nada constitucionais de um dos ministros do STF. A polarização ideológica ainda divide famílias, mesas de bar e timelines. Enquanto isso, temas urgentes como desigualdade, racismo estrutural, reforma tributária e emergência climática seguem à espera de protagonismo real — fora dos discursos e das campanhas, que só são lembrados nos períodos eleitorais e que hoje diminui os idiotizados pelo acesso digital, por isso esta preocupação constante decsecter uma regulamentaçãodas redes sociais para calar vezes e dificultar a informação que eles ainda chamam de desinformação,  excetuando disso as propagandas midiaticas do desgoverno que nada tem entregado de positivo.

O Brasil de hoje carrega as marcas do que foi plantado em 1500: o choque entre mundos diferentes, a nossa inveja dos países paradisíacos como Suíça e até outros 9nde existem impostos mas também existe retorno através de saúde, segurança,  moradia e qualidade de vida; a disputa pelo território, que hoje os membros do nosso parlamento eleitos são amordaçados por 11 indivíduos que foram colocados a dedo e acham que são os donos da virtude e da moral; e um desvirtuamento do que é força da resistência popular, pois qualquer manifestaçãopode ser calada com uma caça físico virtual da polícia federal que virou guarda especial a serviço de Alexandrede Moares. 

Mas também carrega possibilidades. O mesmo chão que viu o autoritarismo florescer também viu brotar arte, ciência, movimentos sociais e a esperança de uma democracia que, apesar das rachaduras jurídico autoritária, busca resistir.


Por Abilio Machado 

Comemorar o 22 de abril em 2025, então, talvez não seja apenas lembrar o que começou naquele dia, mas questionar onde estamos agora — e onde queremos chegar. Porque descobrir o Brasil, mesmo depois de 525 anos, ainda é tarefa diária.

Tiradentes: símbolo de resistência e mártir da lita cobtra o colonialismo português.

 


Tiradentes: símbolo de resistência e mártir da luta contra o colonialismo português


Joaquim José da Silva Xavier, mais conhecido como Tiradentes, é um dos nomes mais marcantes da história brasileira. Dentista, tropeiro, militar e ativista político, ele se tornou um símbolo da resistência à dominação portuguesa e pagou com a vida por defender a ideia de um Brasil livre do jugo colonial.


No fim do século XVIII, o Brasil ainda era colônia de Portugal e sofria com altos impostos, como a derrama — cobrança forçada de impostos atrasados. A exploração era dura e desigual: enquanto a metrópole enriquecia, a população colonial amargava pobreza e injustiça. Foi nesse cenário que nasceu a Inconfidência Mineira, movimento que defendia a independência de Minas Gerais e o fim da opressão fiscal. Tiradentes foi uma das vozes mais ativas desse movimento.


Ao contrário de outros inconfidentes, que eram ricos e temiam perder privilégios, Tiradentes era um homem do povo. Ele não recuou, mesmo diante da repressão. Quando o plano da Inconfidência foi descoberto, os líderes foram presos. Muitos negaram envolvimento ou conseguiram penas brandas. Tiradentes assumiu sozinho a responsabilidade e foi condenado à morte.


Em 21 de abril de 1792, foi enforcado no Rio de Janeiro. Seu corpo foi esquartejado e exposto em lugares públicos como aviso a outros revoltosos. Mas o tiro saiu pela culatra: Tiradentes não foi esquecido. Pelo contrário, virou mártir da luta por liberdade.


Hoje, é celebrado como herói nacional. Sua figura barbuda e cabelos longos é quase uma imagem messiânica, associando sua morte à de Cristo. A data de sua execução virou feriado nacional e ele é lembrado não só como o "tiradentes", mas como alguém que teve coragem de desafiar um sistema injusto, mesmo sabendo o preço.


Tiradentes representa a essência da luta por independência, justiça e soberania. Não foi perfeito, nem operou sozinho, mas sua entrega total à causa o tornou símbolo eterno de resistência no Brasil.

E se...

Perfeito. Vamos então montar um texto mais direto e crítico, sem meias palavras, alinhado com essa leitura de que o Brasil de hoje não é tão diferente daquele que enforcou Tiradentes — só trocou a corda por toga e a forca pela caneta.


Se Tiradentes vivesse hoje, o que fariam com ele?

Se Joaquim José da Silva Xavier surgisse em 2025, com sua barba longa, discurso inflamado e convicção inabalável contra abusos do poder, não seria mais condenado por tramar contra a coroa portuguesa — seria julgado por “atentar contra a democracia”, “disseminar desinformação” ou “incitar o ódio”.

Seria perseguido por um sistema onde o Estado se confunde com o próprio juiz. Onde questionar virou crime, protestar é terrorismo, e pensar diferente é motivo para ser silenciado. Não há mais forca em praça pública, mas há prisões preventivas eternizadas, decisões monocráticas que atropelam a Constituição, e penas impensáveis para quem ousa confrontar os donos do poder.

Hoje, velhinhas são presas por discursos, pais de família têm bens bloqueados por pisar em Brasília, e traficantes saem antes de quem protestou e com benefícios. Corruptos são recebidos para morar na Barra da Tijuca ou Leblon para usufruirem os milhões desviados dos seus países. Nesse cenário, Tiradentes não teria chance. Seria acusado, julgado e condenado no mesmo tribunal que se diz guardião da democracia. O “Big Alex” — uma metáfora viva da centralização jurídica — assinaria a sentença com a mesma frieza de quem se diz imparcial, mas atua como parte.

Tiradentes seria chamado de extremista, ganharia o novo apelido muito usado Bolsonarosta, seria sentenciado e não por suas ações violentas — mas por suas ideias incômodas,  por questionar como é por quê apenas um processo aconteceu no local onde houve o crime como se todo fórum judicial não o fosse da federação e assim caducar vários crimes e ainda eleger o sujeito e seus aceclas a governança fo país. Porque hoje, a resistência é crime e o conformismo subjugado virou virtude.

A história não se repete, mas ela rima. E o Brasil, com seu passado mal resolvido, continua punindo quem se levanta, enquanto protege quem se ajoelha ou lhe financia.

Seria também talvez usado por uma pseudo jornalista que diria: Tiradentes é enforcado em praça pública mas veja como é bom ser esquartejado e espalhado em vários estados do Brasil.

Por Abilio Machado 



domingo, 20 de abril de 2025

Não subestime os pequenos...

 


Um dia, em pleno outono, o vento uivou através da floresta como um lamento antigo. As nuvens cerraram os céus, e as folhas, em espiral frenética, pareciam sussurrar segredos esquecidos. No meio da tempestade, um corvo cruzava os campos, desafiando os ventos. Mas a natureza, impiedosa, lançou-o contra o galho seco de uma árvore antiga. Com um grito abafado, ele caiu. Sua asa — antes soberana — pendia quebrada.


Tentou levantar-se. Tentou abrir as asas. Mas a dor foi mais forte. A dor… e a solidão.


Elevou os olhos ao céu, onde os pássaros voavam indiferentes, e clamou com a voz quebrada:


— Socorro… eu não posso voar…


Uma pega, elegante e altiva, passou sobre ele. Viu, reconheceu… e zombou:


— Você, que sempre voou acima de todos nós, agora rasteja. Então, voa com o seu orgulho!


Atrás dela, outros vieram — o gaio, o pássaro dourado, o negro como noite. Nenhum parou. Nenhum estendeu uma asa. Apenas lançaram olhares gelados, como se a queda do corvo fosse merecida.


O corvo abaixou a cabeça. Ferido. Faminto. Esquecido. E a fé, aos poucos, escorria de dentro dele como sangue de uma ferida aberta.


Mas então… do silêncio entre os arbustos, uma voz pequena se ergueu:


— Eu posso te ajudar… se não temeres a minha fraqueza.


Era um pardal. Tímido. Cinzento. Invisível aos olhos da vaidade alheia. Saltitou até o corvo e, com esforço, deixou cair uma migalha de pão seco ao seu lado. Depois, trouxe uma gota d’água. Algumas folhas. Um abrigo improvisado.


— Por que estás a fazer isso…? — perguntou o corvo, incrédulo.


— Porque tu estás vivo. E porque, se eu caísse… eu também gostaria que alguém parasse por mim.


Os dias passaram. O corvo não podia voar, nem se mover. Mas o pardal não partiu. Partilhou com ele cada migalha. Contou histórias para afastar o frio. E fez do seu pequeno corpo uma chama que aquecia durante a noite.


E, quando a asa do corvo enfim se abriu, o primeiro pensamento não foi sobre os céus… mas sobre aquele pequeno ser que, sem nada exigir, lhe ofereceu tudo.


A primavera chegou. E com ela, a esperança.


Mas numa manhã, enquanto o pardal recolhia sementes, um falcão surgiu das sombras. Rápido. Letal.


Não houve tempo para nada.


Exceto… para um rugido de asas negras rasgando o céu.


O corvo, agora forte, desceu como uma tempestade viva. Abriu as asas com violência e, num golpe só, expulsou o predador.


O pardal, trêmulo, murmurou:


— Salvaste-me…


O corvo pousou ao seu lado, olhou nos olhos dele, e respondeu:


— Foste tu quem me salvou primeiro. Hoje, entendo que o valor não está no tamanho das asas… mas na grandeza do coração.


Moral:

Jamais subestime os pequenos. Às vezes, é neles que habita a coragem mais pura. A bondade que ofereces sem esperar retorno… um dia volta. E sempre no momento em que mais precisas.

sábado, 19 de abril de 2025

O Sábado de Aleluia 2025 no Brasil

 


O Sábado de Aleluia 2025 do Brasil

Pós Abilio Machado 

O sábado de aleluia amanheceu quente. Sol firme, céu limpo e um cheiro no ar que misturava carvão queimado com frustração acumulada. É o dia da malhação do Judas — tradição antiga, mas que o brasileiro, com sua criatividade infinita, reinventa a cada ano. Em tempos de crise, o boneco de pano vira símbolo de desabafo coletivo.

Neste ano, não houve surpresa. O povo escolheu seus "Judas" com a pontaria certeira de quem já cansou de apanhar da realidade. No centro de muitas cidades, estavam lá os bonecos com a faixa no peito: “Lula” e “Alexandre de Moraes” ou "STF". Um ex-metalúrgico que virou presidente depois de ser preso, condenado em todas as instâncias jurídicas e que retornou por ações do STF para aniquilar a economia brasileira através de impostos, taxas e altos juros e um juiz com cara de poucos amigos, que prefere dar anos de prisão a velhinhas por manifestação a soltar bandidos declarados da sociedade como traficantes e membros de facções sem mencionar que advogou a uma delas, mas joga bem para todas ascque existem no país. Tanto Lula quanto Moraes e STF são símbolos de tudo o que incomoda, do que não se entende direito, mas se sente na pele.



A malhação foi mais que encenação. Foi catarse. No Brasil de 2025, o salário não acompanha o carrinho de supermercado, a picanha não veio, o ovo virou artigo de luxo, 9 cafe a hora da morte, o Pix pinga menos, e o aluguel,  água e luz comem a renda feito traça. Gritar com um boneco não resolve, mas dá uma aliviada momentânea,  porém segunda o chicote da realidade comerá a pele de cada brasileiro com os horrores da hipocrisia de um homem ressentido com a população e sua deslumbrada primeira dama. 

O brasileiro, que sempre teve o dom de rir da própria tragédia, aproveita. Faz piada, vende churrasquinho, cerveja quente e picolé ao lado do Judas pendurado e segue a vida.



Política aqui virou torcida — e torcedor não perdoa juiz. Alexandre de Moraes virou o vilão oficial de mais da metade do país, quem seria o guardião da Constituição virou a figura que a tem rasgado e modificado segundo suas vontades... Sim, hoje é o algoz da liberdade. Já Lula, com seu discurso gasto e promessas que não cabem mais no bolso da esperança, passou de herói a Judas com a velocidade de um aumento no preço da cesta básica e as tarifas que não param de serem impostas onde o povo não vê retorno das políticas públicas.

Mas a malhação do Judas não é só um protesto, é também um espelho. Cada soco no boneco é um grito contra o que se sente impotente pra mudar. No fundo, o brasileiro não quer queimar Lula nem Moraes literalmente. Quer sim queimar a sensação de que nada melhora. Que a fila do posto de saúde anda mais devagar,  a falta de medicamentos, falta de médicos, falta de empregos, é uma raiva contida quando passa no caixa do supermercado, é sobre o ônibus lotado, é sobre as imperícias do INSS. É sobre o filho que  estuda e não vê futuro. Sobre um governo que se diz do amor porém só causa violência,  agressão e dor.



O que nos parece que a política e o judiciário parecem um teatro onde o povo nunca pega o papel principal.

E assim se passa mais um sábado de aleluia. Entre cinzas de bonecos e piadas de esquina, o povo brasileiro fez o que sabe fazer melhor: resistir com um sorriso cansado no rosto e uma vontade secreta de que, quem sabe, na próxima páscoa, ressuscite alguma esperança. Nem que seja só pra variar. Com uma mudança escalonada para melhor, chega de corrupção,  de injustiças, de hipocrisias e desgoverno do falso amor...



sexta-feira, 18 de abril de 2025

A Paixão Segundo o Povo Brasileiro

 Sexta-feira Santa no Brasil

Uma Sexta-feira Santa que se repete todo dia — sem as velhas túnicas, mas com togas de um judiciário manipulador e parcial, fardos e fé.

Nesta Sexta-feira Santa, me peguei pensando: e se Cristo voltasse hoje?

Não num templo, nem numa procissão — mas aqui mesmo, no Brasil de agora.

Talvez Ele não nascesse em Belém, mas num barraco de madeira no interior do Maranhão, ou numa ocupação nas bordas de São Paulo. Filho de mãe solo, criado com mais coragem do que dinheiro. Ou numa família numerosa de pai desempregado vivendo de bicos e bolsa família. Um entre tantos invisíveis.



O Getsêmani dEle seria outro: não um jardim com oliveiras, mas a fila do hospital, o ponto de ônibus escuro às 5 da manhã, o chão de fábrica. Em vez de anjos, seriam câmeras de segurança. E uma angústia que ninguém vê, mas muitos sentem. O medo de que a noite ao retornar não tenha mais luz em casa, tenha acabado o pão e as crianças chorem com fome, com frio e com vontades.


A prisão viria fácil. Um enquadro, uma abordagem mal explicada, uma denúncia sem prova. Bastaria levantar a voz no lugar errado. Talvez num 8 de janeiro qualquer. Lhe chamariam de vagabundo. De subversivo. De problema. O vídeo viralizaria. Julgado antes do fim da primeira página. Julgado até na novela das 09 do puxadinho da secom. 


O julgamento seria espetáculo. Varios Pilatos de terno lavariam as mãos em coletivas de imprensa, discursaram, fariam bravata, porém na hora do voto o fariam escondido para que bao saibam que votaram a favor dos bilhões liberados pelo apoio à outras pautas. O povo, cansado e manipulado, não mais escolheria Barrabás de novo — agora o velho sistema, o velho conchavo, o velho cinismo e que soltam Barrabás todo dia, está semana foi a vez do aclamado "quem matou Marielle Franco" onde sequer a ministra irmã da vítima se pronunciou...



A tortura, hoje, não vem com chicotes. Vem com boletos, humilhações, filas, silêncio, carteiradas do velho "sabe com quem está falando?!", ameaças como se "reclamar poderá ser multado ou ter prisão por 06 meses" . A cruz é o salário que não cobre o mês, o filho sem escola, a comida que não dá. 

A tortura vem de farda, da milícia, das facções ou de paletó.


E o Calvário? Está espalhado. Está no morro, na seca do sertão, na pele preta, nos pobres na periferia. Gente que carrega cruz sem ter pecado, tropeçando em promessas, em dívidas, em desilusão. Às vezes alguém tenta ajudar a carregar mas isso é só próximo a eleição. Às vezes não,  só julgamento, seja ele da família, da comunidade,  da igreja, do judiciário,  nada do social político espiritual.


O povo é crucificado todos os dias. Não com pregos, mas com abandono. Morre um pouco a cada notícia, a cada aumento, a cada imposto, a cada descaso.


Mas — e isso não me canso de repetir — mesmo assim, esse povo canta. Dança. Sorri. Busca sobreviver. Se junta. Luta.


O povo brasileiro é Cristo e também é ressurreição.

Todo dia é calvário.

Mas todo dia também é de resistência, de esperança que dia destes tudo muda e todos possam voltar a amar ser o que é: Brasileiro com muito orgulho e muito amor.



Sou Abilio Machado Psicoarteterapeuta.

sexta-feira, 4 de abril de 2025

Ling Yu Tang - filosofo chinês.


 Filósofo Chinês Ling Yu Tang.

“Você já não tem muitos anos para viver, e além disso não poderá levar nada quando for embora, por isso deve ser poupado mas sem sacrificar seu bem-estar.”

“Gaste o dinheiro que precisa ser gasto, aproveite o que precisa ser aproveitado e doe o que for possível. “

“Não se preocupe com o que acontecerá quando você for embora, porque quando você se tornar pó, não sentirá se você é elogiado ou criticado, se você é visitado no cemitério ou se você é esquecido. “

“O tempo para aproveitar a vida é este momento, e os bens que você tão dificilmente ganhou deve desfrutá-los. “

“Não se preocupe muito com seus filhos, pois eles terão seu próprio destino e encontrarão seu próprio caminho. “

“Cuide, especialmente dos seus netos, ame-os, mime-os, e tente desfrutá-los enquanto pode.”

“A vida deve ter mais coisas para trabalhar desde o berço até o túmulo. “

“Acorde diariamente para desfrutar de mais um dia de vida sem brigas com ninguém ou rancor.”

“Não espere muito dos seus filhos.”

“Os filhos, embora se preocupem com os pais, também estarão continuamente ocupados com seus trabalhos, seus compromissos e com sua própria vida. “

“Muitos filhos que não se importam com seus pais, lutarão pelos seus bens mesmo quando ainda estiverem vivos, e desejarão que logo deixem esta vida para poder herdar suas propriedades e riqueza. “

“Se você já tem 65 anos ou mais, não troque sua saúde por riqueza trabalhando em excesso, pois estará cavando sua sepultura precoce. “

“De mil hectares semeados de arroz, você só pode consumir 1/2 xícara diária, e de mil mansões, você só precisa de um espaço de 8 metros quadrados para descansar à noite, então se você tem comida e algum dinheiro para suas necessidades, não precisa de mais.”

“Tente viver feliz, pois você só tem uma vida. “

“Não se compare com os outros medindo sua fama, seu dinheiro ou seu status social, ou se ufanando por ver os filhos de quem são mais bem sucedidos, e em vez disso, desafie seus filhos a alcançar felicidade, saúde, alegria e qualidade de vida. “

“Aceite as coisas que você não pode mudar, pois se você se importar demais, você pode estragar sua saúde.”

“Crie seu próprio bem-estar e encontre sua própria felicidade, fazendo coisas que te divertem e alegrem diariamente.”

“Um dia sem felicidade, é um dia que você perde.”

“ Tendo bom ânimo, a doença se curará, mas tendo um espírito alegre, a doença se curará mais rápido, ou nunca se aproxima.”

“Com bom caráter, exercício adequado, alimentos saudáveis e um consumo razoável de vitaminas e minerais, você terá vida saudável e agradável. “

“Mas acima de tudo, aprenda a apreciar a bondade em tudo, na família e amigos, pois eles farão você se sentir jovem, revivendo os bons momentos, e as passagens interessantes da sua vida.”

“Dizem que na vida quem perde o telhado ganha as estrelas e assim é. “

“O tempo e as oportunidades são como a água de um rio, que você nunca poderá tocá-la duas vezes, porque já passou e nunca mais vai acontecer.”

“Aproveite cada minuto da sua vida e não rejeite as oportunidades de conhecer o mundo e desfrutar das coisas boas da vida, pois elas podem nunca mais ser apresentadas a você.”

“Nunca repare na aparência, porque ela muda com o tempo.”

“Não procure a pessoa perfeita, porque essa não existe. “

“Procure se desejar, alguém que te valorize como pessoa, e se não a encontrar, desfrute da sua solidão que é muito melhor do que uma má companhia.”

“Acredite em Deus, seja qual for o conceito que você tem dele, e tente desfrutar da vida que é muito curta, desfrutando da família e dos amigos, pois você sairá mais cedo ou mais tarde deste mundo, e ninguém lhe agradecerá.”

“Que a saúde e o bem-estar estejam sempre com você.“

~LIN-YU-TANG

Arthur Rimbaud...


 Conheça mais de Arthur Rimbaud, esse grande poeta-menino que incendiou a literatura e queimou sua própria existência.


“A verdadeira vida está ausente. Não estamos no mundo.” – escreveu Arthur Rimbaud, o gênio precoce que revolucionou a poesia antes de abandonar a literatura e mergulhar no desconhecido.

O jovem iluminado

Nascido em 1854, em Charleville, França, Rimbaud era um menino prodígio, um aluno brilhante com uma mente inquieta e rebelde. Criado por uma mãe rígida e um pai ausente, ele buscava escapar dos grilhões da província e sonhava com uma vida grandiosa. Escreveu seus primeiros poemas ainda adolescente e, aos 16 anos, criou O Barco Ébrio, onde já anunciava sua travessia em águas turbulentas:

“Eu vi os céus se rasgarem em clarões, e as marés,
E os recifes, e os redemoinhos;
E muitas vezes, coisas inefáveis eu vi
No fundo dos abismos!”

Foi um visionário da palavra, experimentando imagens, ritmos e sinestesias como ninguém antes dele. Criou a teoria do poeta como “vidente”, alguém que, pelo desregramento absoluto dos sentidos, mergulha na escuridão para encontrar a luz.

O amor louco com Verlaine

Em 1871, aos 17 anos, Rimbaud enviou suas poesias a Paul Verlaine, já um poeta consagrado. Fascinado pelo jovem gênio, Verlaine o convida a Paris. O encontro entre os dois resultou em uma relação apaixonada e tumultuada, feita de embriaguez, excessos e violência.

“Beije-me outra vez!
Dê-me tudo o que for amoroso!
Nada é demais quando os beijos são febris!”

Juntos, eles se embrenham no absinto, no haxixe, na busca desenfreada pelo prazer e pelo abismo. Mas a paixão se transforma em tragédia. Em 1873, em um acesso de fúria e desespero, Verlaine dispara dois tiros contra Rimbaud, ferindo-o no pulso. Preso e condenado, Verlaine é forçado a deixar o amante. Esse período marca a escrita do sombrio Uma Temporada no Inferno, onde Rimbaud sentencia:

“Um belo dia, eu dei à beleza um tapa na cara.”

O exílio e o silêncio

Aos 20 anos, sem explicações, sem despedidas, Rimbaud abandona a poesia. Nunca mais escreveria versos. Parte para Londres, depois para Chipre, Egito, Etiópia, e se reinventa como mercador, explorador, traficante de armas. Vive no calor sufocante do Chifre da África, trocando os delírios da poesia por uma vida dura e solitária.

“O que me importam as boas palavras de conforto,
As promessas de felicidade futura?”

Longe da Europa, ele acumula riqueza, mas sua saúde se deteriora. Em 1891, acometido por um câncer no joelho, retorna à França. A perna é amputada, e, entre dores lancinantes e febres delirantes, ele pronuncia suas últimas palavras: “Vou para o Paraíso, com as mãos nos bolsos.”

Morre aos 37 anos, em Marselha, encerrando uma trajetória relâmpago, intensa e enigmática.

Rimbaud, o meteoro eterno

O menino prodígio, o poeta errante, o amante de Verlaine, o mercador na África – Rimbaud foi tudo e foi nada. Sua poesia, porém, permaneceu, ardendo como fogo indomável. Suas palavras ainda ecoam, sempre atuais, sempre insubmissas, sempre vivas:

“Uma noite, sentei a Beleza em meus joelhos.
— E eu a achei amarga.
— E eu a amaldiçoei.”

- Abilio Machado Neuropsicopedagogo

quinta-feira, 3 de abril de 2025

Um outro olhar sobre a maldade...


 Um outro olhar sobre a maldade...


Maturidade é perceber que, no filme Titanic, Rose decide jogar no mar um pingente de US$ 250 milhões em memória de um homem desempregado com quem ela dormiu exatamente uma vez — um homem que nunca foi dono do colar. Ela ignora por completo que o explorador que a levou até o navio naufragado dedicou a carreira inteira para encontrar aquele colar. Mesmo assim, ela o guardou por décadas, na remota chance de voltar ao local do naufrágio, só para atirá-lo no oceano sem motivo algum…


Enquanto isso, ela convenientemente omite o fato de que deixou Jack — o "grande amor da sua vida" (de três dias) — morrer congelado porque não quis se chegar um pouco naquela porta gigante. Ah, e será que o marido, com quem viveu por anos, não gostaria de saber que ela estava guardando um colar de US$ 250 milhões todo esse tempo? E a neta, que cuidou dela? Não seria uma boa aposentadoria antecipada?


O verdadeiro vilão do Titanic? Pronto para saber? Não é o Cal, nem mesmo o iceberg — era a Rose.