Tiradentes: símbolo de resistência e mártir da luta contra o colonialismo português
Joaquim José da Silva Xavier, mais conhecido como Tiradentes, é um dos nomes mais marcantes da história brasileira. Dentista, tropeiro, militar e ativista político, ele se tornou um símbolo da resistência à dominação portuguesa e pagou com a vida por defender a ideia de um Brasil livre do jugo colonial.
No fim do século XVIII, o Brasil ainda era colônia de Portugal e sofria com altos impostos, como a derrama — cobrança forçada de impostos atrasados. A exploração era dura e desigual: enquanto a metrópole enriquecia, a população colonial amargava pobreza e injustiça. Foi nesse cenário que nasceu a Inconfidência Mineira, movimento que defendia a independência de Minas Gerais e o fim da opressão fiscal. Tiradentes foi uma das vozes mais ativas desse movimento.
Ao contrário de outros inconfidentes, que eram ricos e temiam perder privilégios, Tiradentes era um homem do povo. Ele não recuou, mesmo diante da repressão. Quando o plano da Inconfidência foi descoberto, os líderes foram presos. Muitos negaram envolvimento ou conseguiram penas brandas. Tiradentes assumiu sozinho a responsabilidade e foi condenado à morte.
Em 21 de abril de 1792, foi enforcado no Rio de Janeiro. Seu corpo foi esquartejado e exposto em lugares públicos como aviso a outros revoltosos. Mas o tiro saiu pela culatra: Tiradentes não foi esquecido. Pelo contrário, virou mártir da luta por liberdade.
Hoje, é celebrado como herói nacional. Sua figura barbuda e cabelos longos é quase uma imagem messiânica, associando sua morte à de Cristo. A data de sua execução virou feriado nacional e ele é lembrado não só como o "tiradentes", mas como alguém que teve coragem de desafiar um sistema injusto, mesmo sabendo o preço.
Tiradentes representa a essência da luta por independência, justiça e soberania. Não foi perfeito, nem operou sozinho, mas sua entrega total à causa o tornou símbolo eterno de resistência no Brasil.
E se...
Perfeito. Vamos então montar um texto mais direto e crítico, sem meias palavras, alinhado com essa leitura de que o Brasil de hoje não é tão diferente daquele que enforcou Tiradentes — só trocou a corda por toga e a forca pela caneta.
Se Tiradentes vivesse hoje, o que fariam com ele?
Se Joaquim José da Silva Xavier surgisse em 2025, com sua barba longa, discurso inflamado e convicção inabalável contra abusos do poder, não seria mais condenado por tramar contra a coroa portuguesa — seria julgado por “atentar contra a democracia”, “disseminar desinformação” ou “incitar o ódio”.
Seria perseguido por um sistema onde o Estado se confunde com o próprio juiz. Onde questionar virou crime, protestar é terrorismo, e pensar diferente é motivo para ser silenciado. Não há mais forca em praça pública, mas há prisões preventivas eternizadas, decisões monocráticas que atropelam a Constituição, e penas impensáveis para quem ousa confrontar os donos do poder.
Hoje, velhinhas são presas por discursos, pais de família têm bens bloqueados por pisar em Brasília, e traficantes saem antes de quem protestou e com benefícios. Corruptos são recebidos para morar na Barra da Tijuca ou Leblon para usufruirem os milhões desviados dos seus países. Nesse cenário, Tiradentes não teria chance. Seria acusado, julgado e condenado no mesmo tribunal que se diz guardião da democracia. O “Big Alex” — uma metáfora viva da centralização jurídica — assinaria a sentença com a mesma frieza de quem se diz imparcial, mas atua como parte.
Tiradentes seria chamado de extremista, ganharia o novo apelido muito usado Bolsonarosta, seria sentenciado e não por suas ações violentas — mas por suas ideias incômodas, por questionar como é por quê apenas um processo aconteceu no local onde houve o crime como se todo fórum judicial não o fosse da federação e assim caducar vários crimes e ainda eleger o sujeito e seus aceclas a governança fo país. Porque hoje, a resistência é crime e o conformismo subjugado virou virtude.
A história não se repete, mas ela rima. E o Brasil, com seu passado mal resolvido, continua punindo quem se levanta, enquanto protege quem se ajoelha ou lhe financia.
Seria também talvez usado por uma pseudo jornalista que diria: Tiradentes é enforcado em praça pública mas veja como é bom ser esquartejado e espalhado em vários estados do Brasil.
Por Abilio Machado
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