Crônica de Sara, a que Riu da Promessa
Por Abilio Machado
🌳 Sentado no banco da praça, observando um casal idoso de mãos dadas...
...o homem não pôde conter o sorriso.
Não era deboche. Era ternura — e talvez inveja.
Enquanto os pombos disputavam pedaços de pão ao redor de seus pés, ele pensava na estranheza da esperança.
Como ela sobrevive ao tempo?
Como ainda ousa florescer quando tudo ao redor parece envelhecer, desbotar, silenciar?
Foi então que, no vai e vem das folhas sopradas pelo vento, ele se lembrou de Sara.
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👵 Sara, a que riu da promessa
Ela era bela. E era estéril.
Era rica. E era vazia.
Era amada por Abraão, mas carregava um riso engasgado — aquele tipo de riso que só as mulheres que esperaram demais conhecem.
Deus havia dito que ela teria um filho.
Ela riu.
Mas não de alegria.
Riu porque era velho demais o corpo.
Riu porque era velha demais a promessa.
Riu porque, quando se espera por tanto tempo... o coração cria sarro do que antes chamava de fé.
Mas o riso de Sara virou ventre.
E o ventre virou promessa cumprida.
E a promessa virou história — não só de um filho, mas de uma nação que nasceria do impossível.
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🔍 Reflexões do homem sentado
Na praça, ele pensou nas promessas que deixou mofar.
Nos amores que perdeu por medo.
Nas sementes que não plantou por acreditar que já era tarde demais.
E então se perguntou:
Será que ainda há espaço para milagres nos corpos cansados?
Será que a fé pode ser reativada, mesmo quando já rimos de tudo o que um dia pedimos a Deus?
Talvez seja isso o milagre:
não apenas o filho...
mas a fé que insiste mesmo depois do riso da descrença.
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