terça-feira, 20 de maio de 2025

O Pedagogo: Entre o Giz e o Surto

 

Ahhh, o pedagogo.
Esse ser místico, meio professor, meio bombeiro emocional, que acha que pode agir psicólogo e — quando dá tempo — 100% louco com diploma. Hoje é Dia do Pedagogo, então pegue sua caneca de café frio (sim, aquele que começou quente às 7h e ainda não deu tempo de esquentar), respire fundo, e venha comigo nessa crônica debochada, ligeiramente surtada, mas totalmente merecida.




"O Pedagogo: Entre o Giz e o Surto"

Por Abilio Machado - Neuropsicopedagogo ICH 

Ninguém nasce pedagogo. Isso é um chamado. Tipo freira, só que com cartolina e EVA. A pessoa tá lá, jovem, sonhando em mudar o mundo com amor e alfabetização, até que um dia dá por si encapando livro didático e chorando no banheiro porque a criança chamada Kevin resolveu que matemática era uma opressão colonial.

Pedagogo não ensina só letrinha e continha, ele ensina a criança a parar de morder o coleguinha, a não chamar a professora de "mãe" e a entender que colar na prova não é estratégia de vida. Mas a pedagogia vai além: a alma do pedagogo é feita de resiliência, fita crepe, e memes salvos no celular com frases tipo “Segunda começa tudo de novo…”

Pedagogia é amar o que faz mesmo quando o que faz te faz questionar sua sanidade.

- Alô, pedagogo?

Sim, sou eu mesma. Atendo mãe, pai, tio, avó, cachorro emocional da criança, coordenação, direção, porteiro, inspetor e, se sobrar tempo, aquela criatura caótica conhecida como aluno. Dou conta de plano de aula, projeto interdisciplinar, adaptação curricular, e ainda arrumo tempo pra colar estrelinha dourada na testa de quem usou a palavra "por favor".

O pedagogo é o MacGyver da educação:
Com meia dúzia de palito de picolé, uma cola bastão vencida e um restinho de tinta guache seca, ele cria uma oficina de expressão corporal que vira referência no grupo do WhatsApp da escola. E quando tudo desanda, ele sorri. Um sorriso nervoso, sim, mas sorriso.

E quando o pedagogo finalmente chega em casa… ah, que paz. Mentira. Ele chega em casa e começa a planejar a semana, corrigir atividade, montar relatório, repensar estratégias de ensino e decidir se amanhã vai usar blusa azul ou camisa branca pra tentar convencer os colegas de que está tudo bem, mesmo com os olhos pedindo socorro em código Morse.

Mas olha — e aqui falo sério por três segundos — não tem profissão mais surtada, sofrida, apaixonada e absolutamente necessária do que essa.

Então hoje, 20 de maio, faça um favor: abrace seu pedagogo. Mas com cuidado, ele pode estar no limite entre um surto e uma performance de roda cantada. Dê um bombom, uma taça de vinho ou só diga: “Você é foda.”

Porque é mesmo.


Estou a disposição se começar a surtar

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