“Religião é CNPJ. Religiosidade é atitude.”
Por Abilio Machado
Tem muita gente que confunde ser religioso com ter uma religião. Parece a mesma coisa, mas não é. E essa confusão tem feito muita gente se frustrar com a fé, com as pessoas e até com Deus.
Religião é estrutura. É templo, doutrina, hierarquia, rituais. É o lugar que você frequenta, o grupo que você faz parte, o nome que você carrega: católico, evangélico, espírita, budista… tudo isso é religião. Ela organiza a fé em forma de instituição. É o “CNPJ” da espiritualidade, digamos assim.
Agora, religiosidade é outra parada. Religiosidade é o que você vive no seu íntimo. É como você se conecta com o divino no dia a dia. É a fé que se traduz em atitude, compaixão, ética e coerência. Tem gente com religiosidade profunda que nem põe os pés numa igreja. E tem quem vá todo domingo ao culto ou à missa, mas na prática, passa longe de viver o que prega.
Ter religião não te faz melhor que ninguém. O que transforma mesmo é a religiosidade — é quando você escolhe ser luz onde está, tratar os outros com respeito, viver com integridade. Isso vale mais que qualquer sermão bonito.
Jesus, por exemplo, criticou muito os religiosos da época dele. Não porque a religião fosse ruim, mas porque muitos usavam a fé como fachada. Ele valorizava o amor, o cuidado com o próximo, a sinceridade do coração. Isso é religiosidade pura.
Então, antes de se preocupar em pertencer a uma religião, pergunte: minha fé está sendo vivida ou só falada? Porque no fim, o que conta não é o crachá que você carrega, mas o que você faz com ele.
Religião pode te ajudar a organizar a fé. Mas religiosidade é o que faz sua fé ter valor de verdade.
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Sou Abilio Machado Psicoarteterapeuta, Neuropsicopedagogo e pos graduado na Docência no Ensino de Artes, Filosofia e Teologia
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