quinta-feira, 5 de junho de 2025

No limite da obediência, não há certezas — só escolhas. - da Serie O Homem Sentado No Banco Da Igreja




 Ah… “no limite da obediência” — esse é um território sagrado, e perigoso. É onde a fé sua frio, o joelho treme e o silêncio de Deus parece gritar mais alto que todas as vozes do mundo.

No limite da obediência, não há certezas — só escolhas.

Abraão subiu com lenha, faca e filho. Mas o que ele carregava mesmo era o absurdo da fé.
Porque obedecer sem entender é a arte que poucos dominam.
É quando você diz “amém” sem saber se o caminho leva à promessa ou ao luto.
É quando o ‘sim’ que você dá a Deus contraria tudo que você sente.

No limite da obediência, Deus não fala. Ele observa.
Não porque é sádico, mas porque quer saber:
“Você me ama por quem eu sou ou pelo que eu dou?”
“Você confia em mim mesmo quando não parece fazer sentido?”

O homem no banco da igreja vive isso todos os dias.
É o dízimo entregue no vermelho.
É o perdão oferecido ao que feriu.
É o casamento que ele sustenta enquanto ora sozinho.
É o ministério que ninguém reconhece.
É a fé que ele mantém, mesmo quando não sente mais nada.

Obedecer no limite é continuar subindo mesmo sem enxergar o cordeiro.
E é nesse ponto que algo profundo acontece:
o homem comum descobre que fé não é ausência de medo — é atravessar o medo com obediência.

E mais:
O milagre só se revela no cume do monte.
Não antes.
Não nos ensaios.
Não nos discursos.
Na prática crua do "sim, Senhor", mesmo com a voz embargada.

No limite da obediência, a lógica se ajoelha.
A razão entrega a espada.
E o coração aprende que a verdadeira fé não busca controle — busca rendição.

É ali, no limite, que você conhece o Deus que não leva, mas prova.
Que não destrói, mas molda.
Que não grita, mas se revela no exato momento em que você fecha os olhos e diz:
“Mesmo se não houver cordeiro… eu ainda confio.”

E então…
O mato se move.
A provisão aparece.
O céu se abre —
e o altar, que era lugar de perda, vira altar de revelação.

Porque é no limite que o céu e a terra quase se tocam.
E o homem, finalmente, encontra o verdadeiro significado da fé.



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Psicoterapeuta Abílio Machado

Psicólogo (CH) | Terapeuta Integrativo

Pós-graduado em Neuropsicopedagogia (ICH) | Avaliação Psicológica - CFS

Especialista no ensino de Artes, Filosofia e Teologia

Pós-graduando em Psicanálise, Psicoterapia e Psicopatologia do Adolescente

Olhar sensível e integrativo, atuo no acolhimento de histórias complexas e na escuta profunda das dores humanas, promovendo espaços de reconstrução emocional e autoconhecimento. Meu trabalho transita entre a ciência, a espiritualidade e a arte — sempre guiado pelo respeito à singularidade de cada indivíduo

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