Hoje a crônica me veio quase adormecendo… Aqueles minutos em que o corpo quer dormir, mas a alma resolve pensar alto. No escuro do quarto, a mente acende ideias como quem acende velas no altar do pensamento. E uma pergunta me visitou: quando foi que deixamos de ouvir Deus no silêncio?
Vozes no Silêncio
O homem no banco da igreja sempre achou que a presença de Deus viria como um trovão.
Ou um terremoto.
Ou fogo.
Porque é assim que os supercrentes gostam de contar:
— Foi poderoso! Tremeu tudo! A glória caiu!
Mas então ele ouve a história de Elias.
O profeta, o destemido, o ousado...
Agora escondido.
Dentro de uma caverna.
Com medo.
Com raiva.
Com um cansaço que nem oração resolve.
— O que você está fazendo aqui, Elias?
Essa pergunta de Deus atravessa o tempo e encosta no homem moderno.
No homem sentado na igreja, mas ausente por dentro.
No que cumpre todos os rituais, mas esqueceu de escutar.
E então... o espetáculo começa:
Vento forte.
Terremoto.
Fogo.
Mas Deus?
Deus não estava em nenhum deles.
Só depois veio uma brisa suave, que a Bíblia chama de “um sussurro”.
E foi ali — ali! — que Elias sentiu a presença divina.
Não no barulho. Mas no intervalo entre os barulhos.
Talvez seja por isso que o barulho assusta tanto hoje.
Porque ele nos impede de encarar o eco da alma.
Aquele que diz:
— Você está no caminho certo?
— Está fugindo de quê?
— Quem é você sem a multidão?
O homem no banco da igreja abaixa a cabeça.
Não por vergonha, mas por vontade de ouvir melhor.
Afinal, se Deus ainda fala, talvez Ele prefira os que fazem silêncio antes de responder.
E o mundo?
Segue gritando.
Mas ele — pela primeira vez em muito tempo — ouve algo diferente:
a voz que não impõe, mas convida.
Que não acusa, mas desperta.
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