Quando um amigo de alma parte, algo dentro da gente silencia.
Não é apenas a ausência física.
É o barulho do vazio onde antes havia patinhas correndo, olhos que diziam tudo sem precisar falar e aquele amor puro que nunca julgou, nunca cobrou — apenas esteve, em silêncio, em entrega, em presença.
Eles entram em nossas vidas como luz que não pede licença.
Nos curam sem remédios.
Nos entendem sem palavras.
Nos ensinam o que muitos humanos esquecem: que o amor é simples, é leal, é estar junto — mesmo nos dias em que o mundo parece falhar.
Quando partem, deixam marcas suaves e profundas.
Não são feridas — são cicatrizes luminosas.
Lugares em nós que nunca mais serão os mesmos, porque foram tocados pela eternidade de um amor verdadeiro.
Cada lambida agora é lembrança.
Cada brincadeira, um eco doce na memória.
E o olhar… ah, o olhar ainda nos visita quando fechamos os olhos e pedimos, em silêncio, um sinal.
O amor que vocês viveram não morreu.
Ele se transformou em presença invisível.
Em energia que acolhe.
Em saudade que guia.
Seu companheiro de quatro patas talvez tenha cruzado a ponte,
mas continua ao seu lado — de um jeito novo, sutil e eterno.
Você não está só.
E esse amor, que ultrapassa a matéria, um dia reencontrará seu lar.
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