terça-feira, 3 de junho de 2025

Aos meus cães no céu...

 




Quando um amigo de alma parte, algo dentro da gente silencia.

Não é apenas a ausência física.

É o barulho do vazio onde antes havia patinhas correndo, olhos que diziam tudo sem precisar falar e aquele amor puro que nunca julgou, nunca cobrou — apenas esteve, em silêncio, em entrega, em presença.


Eles entram em nossas vidas como luz que não pede licença.

Nos curam sem remédios.

Nos entendem sem palavras.

Nos ensinam o que muitos humanos esquecem: que o amor é simples, é leal, é estar junto — mesmo nos dias em que o mundo parece falhar.


Quando partem, deixam marcas suaves e profundas.

Não são feridas — são cicatrizes luminosas.

Lugares em nós que nunca mais serão os mesmos, porque foram tocados pela eternidade de um amor verdadeiro.


Cada lambida agora é lembrança.

Cada brincadeira, um eco doce na memória.

E o olhar… ah, o olhar ainda nos visita quando fechamos os olhos e pedimos, em silêncio, um sinal.


O amor que vocês viveram não morreu.

Ele se transformou em presença invisível.

Em energia que acolhe.

Em saudade que guia.


Seu companheiro de quatro patas talvez tenha cruzado a ponte,

mas continua ao seu lado — de um jeito novo, sutil e eterno.


Você não está só.

E esse amor, que ultrapassa a matéria, um dia reencontrará seu lar.

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