UMA HISTÓRIA QUE TRANSBORDA O FOLHETIM PARA CONTAR UM AMOR INFELIZ DO PRÓPRIO CAMILO
Camilo Castelo Branco é considerado o maior nome do Romantismo Português, movimento cultural e literário da segunda metade do século XIX.
Ele escreveu mais de 260 livros, era tradutor e jornalista, escrevia sobre muitos temas e assuntos, mas se declarava um 'folhetinista': o folhetim era, como se sabe, novela romântica publicada aos capítulos (como as novelas de TV hoje em dia) nos jornais da época.
Amor de Perdição foi escrita em 1861 e publicada em 1862. Conta a história de um amor infeliz entre Simão Botelho e Tereza Albuquerque.
Quando escreveu o livro, Camilo se encontrava preso por uma relação adúltera com Ana Plácido.
Ele quase foi degredado e ela quase recolhida a um convento.
Era comum, em seus livros, o autor recorrer a memórias de sua família e a histórias dos amigos.
Camilo viveu muito, e conheceu o sucesso em vida. Seus livros finais já flertam com o movimento realista.
Na velhice, praticamente cego, matou-se com um tiro de revólver.
No bicentenário de seu nascimento, em março deste ano, houve uma série de reedições de sua obra.
Embora tenha escrito outro livro décadas mais tarde, em contraponto ao 'Amor de Perdição ' - intitulado 'Amor de Salvação ' - este último não alcançou nem de longe a fama do primeiro que, até nossos dias, frequenta a lista dos romances românticos prediletos dos leitores.*
* como a autoria já caiu em domínio público, é possível achar exemplares bem baratos deste livro em sebos ou livrarias populares.
Nenhum comentário:
Postar um comentário