terça-feira, 24 de junho de 2025

Doritos e M&M's com "selo da morte": o Texas...

 


Doritos e M&M's com "selo da morte": o Texas quer chocar, e o Brasil vai copiar?

Interessante que no sábado, Toddy atacava um pacote de salgadinhos e eu falei: _ mão colo chulézitos... Realmente não consumo, mais pelo cheiro que pelo gosto. Nunca fui consumidor, liberava para as crianças, porque... depois de ler este artigo me perguntei: _Por quê ?

Parece piada, mas não é. O senado do Texas decidiu que, se você quer vender um pacote de Doritos ou um saquinho de M&M's, terá que estampar na embalagem: "Isso aqui vai te matar. Coma sabendo disso." Sim, como se fossem maços de cigarro pós-Anvisa, os snacks preferidos da humanidade agora podem vir com um selo de "100% prejudicial à saúde".


A medida, que mistura preocupação legítima com histeria regulatória, levanta uma questão: e se o Brasil resolver importar essa ideia? O que acontece com as gigantes de alimentos, o marketing que nos convence de que "você não para quando abre um Doritos", e o compliance que precisa equilibrar lucro e (suposta) responsabilidade social?


O Texas deu o primeiro tiro. Quem será o próximo?


O Texas não está sozinho nessa cruzada anti-snack. Vários estados dos EUA e países europeus já discutem medidas semelhantes para combater a obesidade e doenças relacionadas a ultraprocessados. Mas o pulo do gato texano foi transformar a embalagem em um aviso de perigo, quase um "coma por sua conta e risco".


E se o Brasil seguir o exemplo? Imagine:


Cheetos com um "Contém química que seu avô não reconheceria como comida".


M&M's com "50% cacau, 50% arrependimento".


- Coca-Cola com "Uma lata = 10 minutos a menos na sua vida".

A indústria teria duas opções: reformular os produtos (e arriscar o sabor que vicia gerações) ou investir em um marketing tão criativo que faça você ignorar o aviso de morte.


O dilema do marketing: vender veneno com storytelling


Se a lei pegar, as agências de publicidade vão ter que trabalhar o dobro. Como vender um produto que o governo diz que vai te matar?


- Doritos: "A vida é curta. Que pelo menos seja crocante."


- M&M's: "Derreta na boca, não na expectativa de vida."


- Oreo: "O prazer proibido que não está nem aí para o seu colesterol."


A ironia é que, quanto mais a indústria for pressionada, mais ela vai apelar para o emocional. Se não pode negar que faz mal, vai vender a ideia de que "todo mundo merece um pecado diário".


E o Brasil? Vai aderir ao "terrorismo nutricional"?


Por aqui, a Anvisa já regula rótulos com advertências para altos teores de açúcar, gordura e sódio. Mas colocar um "mata 100%" seria um salto dramático.


O compliance brasileiro vai ter que decidir:


Ignora e paga multa?


- Reformula e perde o sabor que define a marca?


- Ou abraça a polêmica e faz campanhas do tipo "sim, é ruim, mas você vai amar"?


Enquanto isso, o consumidor fica no meio do fogo cruzado: entre a vontade de devorar um pacote de Ruffles e o peso na consciência de estar cometendo um "suicídio por sal".

O Texas acendeu o pavio, e o mundo está observando. Se a medida vingar, preparem-se para embalagens que parecem advertências de filme de terror e campanhas publicitárias que transformam culpa em desejo.


E você? Já parou para ler o que realmente está comendo? (Ou prefere não saber?)


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