quinta-feira, 5 de junho de 2025

A necessidade do visível e quanto ao profeta ? - O Homem Sentado No Banco Da Igreja

 Na continuidade da crônica escrita na cama, agora escrevo depois do xixi da manhã, depois de escovar os dentes, tomar banho, vestir a roupa e já chamar o aplicativo que me levará até a upa para então pegar a van da saúde a caminho do hospital de clínicas para mais uma consulta, maio e junho são meses que tenho medo pois muitos anos sempre acabo internado nestes meses... enquanto espero escrevo... questionando por que temos esta necessidade de idolatrar alguma coisa ou alguém...e sempre de fora, pois como se diz: santo de casa não faz milagres..



A necessidade do visível

O ser humano, desde o Éden, parece ter dificuldade em lidar com o invisível.
Foi assim com o povo de Israel. Moisés some por 40 dias no monte, e eles dizem:
— “Esse Moisés... não sabemos o que lhe aconteceu. Façamos deuses que nos conduzam.”

Eles não negam Deus diretamente. Mas trocam o invisível pelo acessível.
É mais fácil adorar algo que se vê, se toca, se compartilha em rede social.

Hoje, os bezerros são outros:

  • Uma doutrina com logo e slogan.

  • Um líder carismático com Instagram ativo.

  • Uma igreja com estrutura, show de luzes e culto em alta definição.

O invisível ainda incomoda.
Crer sem ver é bonito no sermão. Mas no dia a dia, a carne pede prova.
Quer milagre com certificado.
Benção com rastreio.
Profecia no boleto.



E quanto ao profeta em sua própria casa?

Esse é um drama milenar. Jesus mesmo disse:

“Nenhum profeta é bem-vindo em sua própria pátria.”

Por quê?

Porque quem te viu crescer, não aceita que você tenha algo a dizer.
O povo quer profeta vindo do deserto, com aparência exótica e aura de mistério.
Mas aquele que conhece tua infância, tuas falhas, tuas quedas…
Esse tem dificuldade de crer que a graça te visitou.

É a maldição da familiaridade.

No fundo, quanto mais próximo você está, menos “místico” você parece.
— “Esse não é o filho de Maria?”
— “Mas ele estudou comigo!”
— “Eu lembro das cagadas dele no passado…”

O povo quer bezerros de ouro, profetas de longe e espiritualidade de vitrine.
Mas Deus continua soprando no silêncio, visitando os escondidos, erguendo quem já foi desacreditado.

A fé, quando exige o físico, revela a insegurança.
E a recusa do profeta revela o orgulho.




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